Neste artigo apresentarei o extractos do Comentário Bíblico Adventista (CBA) sobre os Dez Mandamentos. Este estudo será usado para completar o requisito da Secção DESCOBERTA ESPIRITUAL das Classes Agrupadas.
EXODO 20
VERSÍCULO 1.
Falou Deus.
O cenário já se alistou para a proclamação da lei
moral que,sempre, dali em adiante, permaneceu como a norma
fundamental de
conduta 611
MONTE SINAÍ E SEUS ARREDORES
612 para incontáveis milhões. Ninguém negará que este foi um dos sucessos
transcendentais e decisivos da história. Tampouco pode ninguém negar a
necessidade vital que têm todos os homens de um código
tal de conduta
devido a suas imperfeições morais e espirituais e sua
tendência a fazer o
que é mau. O Decálogo sobressai por cima de todas as
outras leis morais
e espirituais. Abrange toda a conduta humana. É a única
lei que pode
controlar com eficácia a consciência. É um manual condensado da conduta
humana que abrange tudo o que corresponde ao dever humano
em todos os tempos.
Nosso Senhor se referiu aos mandamentos como o caminho
pelo qual se pode
alcançar a vida eterna (Mat. 19: 16-19). São adequados para
toda forma de
sociedade humana; são aplicáveis e estão em vigência
enquanto dure o mundo
(Mat. 5: 17, 18).
Nunca podem voltar-se antiquados pois são a expressão
imutável da vontade e do caráter de Deus. Com boa razão Deus os
entregou a seu povo tão verbalmente como por escrito
(Exo. 31: 18; Deut. 4:
13).
Embora foi dado ao homem pela autoridade divina, o
Decálogo não é uma
criação arbitrária da vontade divina. Mas bem é uma expressão da
natureza divina.
O homem foi criado à imagem de Deus (Gén. 1: 27), foi
feito para ser santo como ele é santo (1 Ped. 1: 15, 16),
e os Dez
Mandamentos são a norma de santidade ordenada pelo céu
(ver ROM. 7: 7-25).
A chave da interpretação espiritual da lei foi dada com toda claridade
por nosso Senhor Jesus Cristo no imortal Sermão do Monte
(leia-se Mat. caps.
5-7).
O Decálogo é a expressão não só da santidade mas também
também do amor (Mat.
22: 34-40; Juan 15: 10; ROM. 13: 8- 10; 1 Juan 2: 4).
Se carecer de amor
qualquer serviço que emprestemos a Deus ou ao homem, não
se cumpre a lei. É
o amor quem nos protege de violar os Dez Mandamentos
pois, como poderíamos
adorar outros deuses, tomar o nome de Deus em vão e
descuidar a observância
do dia de repouso, se verdadeiramente amarmos ao Senhor? Como podemos roubar o
que pertence a nosso próximo, atestar contra ele ou
cobiçar seus
posses, se o amarmos?
O amor é a raiz da fidelidade para com Deus e
da honra e o respeito pelos direitos de nossos
próximos. Este sempre
devesse ser o grande motivo que nos mova à obediência
Juan 14: 15; 15:10; 2
Cor. 5: 14; Gál. 5: 6).
Quando um homem vem primeiro a Cristo, com pleno
conhecimento se absterá de
todo o mal ao qual esteve acostumado. Em sua origem, com o
propósito de
ajudar aos pecadores a distinguir entre o bem e o mal, o
Decálogo foi
dado principalmente em forma negativa. A repetição da
palavra "Não"
demonstra que há fortes tendências no coração que devem
ser suprimidas
(Jer. 17: 9; ROM. 7: 17-23; 1 Tim. 1: 9, 10). Mas esta forma negativa abrange
um amplo e satisfatório campo de ação moral que se abre
ante o homem, e
permite toda a amplitude de desenvolvimento do caráter
que é possível. O homem
só está restringido pelas poucas proibições
mencionadas. O Decálogo
certifica da verdade da liberdade cristã (Sant. 2: 12; 2
Cor. 3: 17).
Embora a letra da lei, devido a suas poucas palavras,
possa parecer estreita
em seus alcances, seu espírito é "amplio
sobremaneira" (Sal. 119: 96).
O fato de que os Dez Mandamentos fossem escritos em
duas pranchas de pedra,
faz ressaltar sua aplicação a duas classes de obrigações
morais: deveres para
com Deus e deveres para com o homem (Mat. 22:
34-40). Nossas
obrigações
para com Deus estão forzosamente ligadas com nossas
obrigações para com o
homem, pois o descuido dos deveres referentes a nosso
próximo rapidamente
será seguido pelo descuido de nossos deveres para com
Deus. A Bíblia não
ignora a distinção entre a religião (deveres diretamente
relacionados com
Deus) e a moral (deveres que surgem das relações
terrestres), mas sim
une ambas em um conceito mais profundo: que tudo o que
alguém faz é feito, por
assim dizê-lo, para Deus, cuja autoridade é suprema em
ambas as esferas (ver Miq. 6:
8; Mat. 25: 34-45; Sant. 1: 27; 1 Juan 4: 20).
Sendo palavras de Deus, os Dez Mandamentos devem
distinguir-se das
"leis" (cap. 21: 1) apoiadas neles, e incluídas
com eles, no "livro do
pacto" para constituir a lei estatuída do Israel
(ver cap. 24: 3). As duas
pranchas que compreendem o Decálogo -com exclusão das
outras partes da lei
- são chamadas de diversas formas: "o
testemunho" (cap. 25: 16), "seu pacto"
(Deut. 4: 13), "as palavras do pacto" (Exo.
34: 28), as "pranchas do
testemunho" (Exo. 31: 18; 32: 15) e "as 613
pranchas do pacto" (Deut. 9: 9-11).
Essas pranchas de pedra, e só elas, foram colocadas dentro do arca do
pacto (Exo. 25: 21; 1 Rei. 8: 9). Foram assim
consideradas, em um sentido
especial, como o vínculo do pacto. A colocação das
pranchas debaixo do
propiciatorio permite compreender a natureza do pacto que
Deus fez com
Israel. Mostra
que a lei é a base, o fundamento do pacto, o documento
obrigatório, o título da dívida. Entretanto, sobre a
lei está o
propiciatorio, salpicado com o sangue da propiciación, um
testemunho
reconfortante de que há perdão em Deus para os que
quebrantam os
mandamentos. O AT
uniformemente faz uma clara distinção entre a lei moral
e a lei cerimoniosa (2 Rei. 21: 8; Dão. 9:11).
VERSÍCULO 2.
Eu sou Jehová.
"Yahvéh" (BJ), um nome próprio derivado do
verbo "ser", "chegar a ser" (ver
com. Exo. 3: 14,
15). Significa "o Existente",
"o Vivente", "o Eterno".
portanto, quando Jesus disse aos judeus de seus dias:
"Antes que Abraão
fosse, eu sou" (Juan 8: 58), eles compreenderam que
pretendia ser o "Jehová"
do AT. Isto
explica sua hostilidade e suas tentativas para matá-lo (Juan 8: 59).
Jesucristo, a segunda pessoa da Deidade, foi o
"Deus" dos israelitas a
través de toda sua história (Exo. 32: 34; Juan 1: 1-3,
14; 6: 46, 62; 17: 5; 1
Cor. 10: 4; Couve. 1: 13-18; Heb. 1: 1-3; Apoc. 1: 17,
18; PP 381). Foi ele quem
deu-lhes o Decálogo; foi ele quem se declarou a si mesmo
"Senhor do sábado"
(Mar. 2: 28, BJ).
O Gr. ho zon, "que vive" (Apoc. 1: 18, BJ), é
equivalente do Heb.
Eyeh 'asher 'ehyeh, o "Eu sou o que sou" do Exo. 3: 14.
Casa de servidão.
Deus proclamou sua Santa lei em meio de trovões e
relâmpagos, cujo retumbar
parece encontrar eco nas formas verbais imperativas dos
mandamentos.
Os terrores do Sinaí tiveram o propósito de colocar
vividamente diante do
povo a pavorosa solenidade do último grande dia do
julgamento (PP 352). Os
exigentes preceitos do Decálogo fazem ressaltar a justiça
de seu Autor e o
rigor de seus requerimentos. Mas a lei era também um recordativo da
graça divina, pois o mesmo Deus que proclamou a lei é
Aquele que tirou seu
povo do Egito e o liberou do jugo de servidão. É Aquele que deu as
preciosas promessas ao Abraão, Isaac e Jacob.
Posto que as Escrituras fazem do Egito um símbolo de
pecaminosidad (Apoc.
11:8), a liberação do Israel da escravidão egípcia bem
pode comparar-se
com a liberação de todo o povo de Deus do poder do
pecado. O Senhor
liberou aos sua da terra de Faraó a fim de que pudesse
lhes dar sua lei
(Sal. 105:42-45).
Da mesma maneira, mediante o Evangelho, Cristo nos libera
do jugo do pecado (Juan 8: 34-36; 2 Ped. 2: 19) para que
possamos guardar seu
lei, que nele se traduz em verdadeira obediência (Juan
15: 10; ROM. 8: 1-4).
Reflitam nesta verdade os que ensinam que o Evangelho
de Cristo nos libera
dos Santos mandamentos do Decálogo. A liberação do Egito
tinha que
proporcionar o motivo de obediência à lei de Deus. Note a ordem aqui:
primeiro o Senhor salva ao Israel; logo lhe dá sua lei
para que a guarde. O
mesma ordem é certa sob o Evangelho. primeiro cristo nos salva do pecado
(Juan 1: 29; 1 Cor. 15: 3; Gál. 1: 4); logo vive sua
lei dentro de nós
(Gál. 2: 20; ROM. 4: 25; 8: 1-3; 1 Ped. 2: 24).
VERSÍCULO 3.
Não terá.
Embora o pacto foi feito com o Israel como um tudo (cap.
19: 5), o uso de uma
forma singular do verbo mostra que Deus se dirigia a cada
indivíduo da
nação e lhe requeria obediência à lei. Não era suficiente a obediência
coletiva. Para todos os tempos, os Dez Mandamentos dirigem seu
exortação à consciência de cada ser humano e gravitam
sobre ela. (ver Eze.
18: 19, 20).
diante de mim.
Literalmente, "diante de minha face". Esta forma idiomática
hebréia com freqüência
significa "além de mim", "em adição a
mim", ou "em oposição a mim".
Sendo o
único Deus verdadeiro, o Senhor requer que só ele seja
adorado. Este conceito
de um só Deus era estranho à crença e prática politeísta
de outras
nações. Deus
nos exorta para que o coloquemos diante de todo o resto,
que o coloquemos primeiro em nossos afetos e em nossas
vidas, em harmonia
com o requerimento de nosso Senhor no Sermão do Monte
(Mat. 6: 33). A
mera crença não bastará, nem mesmo o reconhecimento de
que ele é o único Deus.
Devemo-lhe uma lealdade de todo coração e uma consagração
como a um Ser
pessoal a quem temos o privilégio de conhecer, amar e em
quem confiar e
com quem podemos ter uma comunhão bendita. É perigoso depender
de algo
que não seja Deus, já seja riqueza, conhecimento, posição
ou amigos. É difícil
lutar contra as 614 seduções do mundo, e é muito fácil
confiar no que
é visível e temporário (Mat. 6: 19-34; 1 Juan 2:
15-17). Não é difícil
violar
o espírito deste primeiro mandamento em nossa era
materialista, pondo
nossa fé e confiança em alguma conveniência ou comodidade
terrestre. Ao fazê-lo
podemos nos esquecer daquele que criou as coisas de que
desfrutamos (2 Cor. 4:
18).
VERSÍCULO 4.
Imagem.
Assim como o primeiro mandamento faz ressaltar o fato de
que não há a não ser um
Deus, como protesto contra o culto a muitos deuses, o
segundo põe ênfase em
a natureza espiritual de Deus (Juan 4: 24), ao desaprovar
a idolatria e o
materialismo. Este
mandamento não prohíbe necessariamente o uso de esculturas
e pinturas na religião. A habilidade artística e as imagens
empregadas em
a construção do santuário (Exo. 25: 17-22), no templo do
Salomón (1 Rei.
6: 23-26) e na "serpente de bronze" (Núm. 21:
8, 9; 2 Rei. 18: 4) provam
claramente que o segundo mandamento não prohíbe o
material religioso
ilustrativo. O que
por ele se condena é a reverência, a adoração ou
semiadoración que as multidões de muitos países rendem às
imagens e
pinturas religiosas.
A desculpa de que os ídolos mesmos não são adorados não
diminui a força desta proibição. Os ídolos não só não
devem ser
adorados; nem sequer devem ser feitos, A necedad da
idolatria radica em
que os ídolos são meramente o produto da habilidade
humana e, pelo
tanto, inferiores ao homem e submetidos a ele (Ouse. 8: 6). O homem pode
render verdadeiro culto dirigindo seus pensamentos
unicamente a Alguém que é
maior que ele mesmo.
Nenhuma semelhança.
A triplo divisão apresentada aqui e em outro lugar
(céu, terra e mar) abrange
todo o universo físico, a apóie do qual os pagãos idearam
suas deidades e os
deram forma (Deut. 4: 15-19; ROM. 1: 22, 23).
VERSÍCULO 5.
Não te inclinará.
Isto ataca a honra externa dada às imagens no mundo
antigo. Não se as
considerava como emblemas mas sim como reais e
verdadeiras encarnações da
deidade.
acreditava-se que os deuses estabeleciam sua morada nessas imagens. Os
que as faziam não eram estimados; até podiam ser
desprezados. Mas seu
artefato idolátrico era adorado com reverência e lhe
rendia culto.
Deus, forte, ciumento.
Deus rehúsa compartilhar sua glória com ídolos (ISA. 42:
8; 48: 11). Declina o
culto e serviço de um coração dividido (Exo. 34: 12-15;
Deut. 4: 23, 24; 6:
14, 15;Jos. 24: 15, 19, 20). Jesus mesmo disse:
"Nenhum pode servir a dois
senhores" (Mat. 6: 24).
Visito a maldade.
Esta aparente ameaça turvou a alguns que vêem nela a
manifestação de
um espírito vingativo.
Entretanto, devesse fazer uma distinção entre os
resultados naturais de uma conduta pecaminosa e o castigo
que se inflige
devido a ela (PP 313).
Deus não castiga a um indivíduo pelos maus feitos de
outro (Eze. 18: 2-24).
Cada homem é responsável diante de Deus só por seus
próprios atos.
Ao mesmo tempo, Deus não altera as leis da herança para
proteger a uma geração dos delitos de seus pais, pois
isto não
corresponderia com o caráter divino e com a forma em que
trata aos
homens. A justiça
divina visita a " maldade" de uma geração sobre a
seguinte unicamente mediante essas leis da herança que
foram ordenadas
pelo Criador no princípio (Gén. 1: 21, 24, 25).
Ninguém pode evitar do todo as conseqüências da
dissipação, a enfermidade,
a libertinagem, o mal proceder, a ignorância e os maus
hábitos transmitidos
pelas gerações precedentes. Os descendentes de idólatras degradados e
as vergônteas de homens maus e viciosos geralmente
começam a vida com as
taras provocadas por pecados de ordem física e moral, e
colhem os frutos de
as sementes semeadas por seus pais. A delinqüência
juvenil comprova a
verdade do segundo mandamento. O ambiente também tem um notável efeito
sobre cada geração jovem.
Mas posto que Deus é bondoso e justo,
podemos confiar em que tratará equitativamente a cada
pessoa tendo muito em
conta a influência, sobre o caráter, das taras
congênitas, as
predisposições herdadas e a influência dos ambientes
prévios. Seu
justiça e sua misericórdia o demandam (Sal. 87: 6; Luc.
12: 47,48;Juan 15: 22;
Hech. 17: 30; 2 Cor. 8: 12). Ao mesmo tempo nossa meta é a de ser
vitoriosos sobre cada tendência ao mal herdada e
cultivada (veja-se PVGM 255,
264, 265, ed.
P.P.; DTG 625).
Deus "visita" ou "prescreve" os
resultados da iniqüidade, não para vingar-se
a não ser para ensinar a quão pecadores uma conduta
indevida 615
indevidamente produz tristes resultados.
Os que me aborrecem.
Quer dizer aqueles que, embora conheçam a Deus, rehúsan lhe
servir. Colocar
nossos afetos em deuses falsos de qualquer classe,
colocar nossa confiança
em algo que não seja o Senhor, é "aborrecê-lo-os que
o fazem,
indevidamente provocam dificuldades e sofrimentos não só
sobre eles mesmos
mas também sobre os que vêm em detrás deles. Os pais que colocam a
Deus em primeiro término, por assim dizê-lo colocam
também em primeiro término a seus
filhos. O uso da
vigorosa palavra "aborrecem", tipicamente oriental, serve
para expressar a mais profunda desaprovação. Tudo o que um homem
necessita
fazer para classificar-se entre os que
"aborrecem" a Deus, é amá-lo menos do
que ama a outras pessoas ou coisas (Luc. 14: 26; ROM. 9:
13).
VERSÍCULO 6.
Guardam meus
mandamentos.
O verdadeiro amor a Deus se mostra mediante a
obediência. Posto que Deus
mesmo é amor e seus entendimentos com suas criaturas são
motivados pelo amor (1 Juan
4: 7-21), Deus não deseja que o obedeçamos como uma
obrigação mas sim porque
escolhemos fazê-lo (Juan 14: 15, 21; 15: 10; 1 Juan 2: 5;
5: 3; 2 Juan 6).
VERSÍCULO 7.
Em vão.
A palavra assim traduzida significa
"iniqüidade", "falsidade", "vaidade",
"vacuidade".
Inculcar reverência é o principal propósito do terceiro
mandamento (Sal. 111: 9; Anexo 5: 1, 2), que é uma
seqüela apropriada dos
dois que o precedem.
Os que só servem ao verdadeiro Deus, e lhe servem em
espírito e na verdade, evitarão qualquer uso descuidado,
irreverente ou
desnecessário do nome santo. Não blasfemarão. A blasfêmia, ou
qualquer
linguagem descuidada pelo estilo, não só viola o espírito
da religião
mas sim indica também falta de educação e cavalheirismo.
Este mandamento não só se aplica às palavras que
devêssemos evitar mas também ao
cuidado com que devêssemos usar as que são boas (ver Mat.
12: 34-37).
O terceiro mandamento também condena as cerimônias
vácuas e o formalismo em
o culto (ver 2 Tim. 3: 5) e exalta o culto realizado no
verdadeiro espírito
de santidade (Juan 4: 24). Mostra que não é suficiente a obediência à
letra da lei.
Ninguém reverenciou nunca mais estritamente o nome de Deus
que os judeus, quem até o dia de hoje não o
pronunciam. Como resultado,
ninguém sabe como devesse pronunciar-se. Mas em sua sujeição extrema à letra
da lei, os judeus renderam a Deus uma comemoração
vazia. Esse falso
zelo não
impediu o trágico equívoco cometido pela nação judia faz
2.000 anos
(Juan 1:11; Hech. 13: 46).
O terceiro mandamento também prohíbe o juramento
falso, ou perjúrio, que
sempre foi considerado como uma grave falta social e
moral digna do mais
severo castigo. O
uso descuidado do nome de Deus denota uma falta de
reverencia para com ele.
Se nosso pensamento se enfocar em um plano
espiritualmente elevado, nossas palavras também serão elevadas
e serão
ditadas pelo que é honrado e sincero (Fil. 4: 8).
VERSÍCULO 8.
te lembre.
Esta palavra não faz mais importante ao quarto
mandamento que aos outros
nove. Todos o são
igualmente. Quebrantar um, é quebrantá-los todos (Sant.
2: 8-11). Mas o
mandamento do dia de repouso nos recorda que o sétimo
dia, na sábado, é o descanso famoso Por Deus para o
homem, e que esse
repouso se remonta até o mesmo começo da história humana
e é uma parte
inseparável da semana da criação (Gén. 2: 1-3; PP
348). Carece por
completo de base o argumento de que na sábado foi dado ao
homem por primeira
vez no Sinaí. (Mar. 2: 27; PP 66, 67, 263). Em um sentido
pessoal, o
sábado se apresenta como um recordativo de que em meio
dos afãs
prementes da vida não devêssemos esquecer a Deus. Entrar plenamente no
espírito do sábado é achar uma valiosa ajuda para
obedecer o resto do
Decálogo. A
atenção especial e a dedicação dadas, neste dia de descanso,
a Deus e às coisas de valor eterno, provêem um caudal de
poder para obter
a vitória sobre os males contra os quais nos adverte nos
outros
mandamentos. na sábado foi bem comparado a uma ponte
tendida através de
agitada-las águas da vida sobre o qual podemos passar
para chegar à
arremata oposta, a um elo entre a terra e o céu, um símbolo
do dia
eterno quando os que sejam leais a Deus se revestirão
para sempre com o
manto da santidade e do gozo imortais.
Devêssemos "recordar" também que o mero
descanso do trabalho físico não
constitui a observância do sábado. Nunca foi a intenção que na sábado
fora um dia de ociosidade e 616 inatividade. A observância do sábado não
consiste tanto em abster-se de certas formas de atividade
como em participar
deliberadamente em outras. Deixamos a rotina semanal do trabalho só como
um
médio para dedicar o dia a outros propósitos. O espírito da
verdadeira
observância do sábado nos induzirá a aproveitar suas
horas sagradas procurando
compreender melhor o caráter e a vontade de Deus, a
apreciar mais
plenamente seu amor e misericórdia e a cooperar mais
eficazmente com ele ajudando
a nossos próximos em suas necessidades espirituais. Algo que
contribua a esses propósitos primitivos é apropriada para
o espírito e a
finalidade do sábado. Algo que contribua em primeiro
lugar à
complacência dos desejos pessoais de um ou ao
prosseguimento dos
interesses próprios, é tão alheia à verdadeira
observância do sábado como um
trabalho comum. Este princípio se aplica tanto aos
pensamentos e às
palavras como às ações.
na sábado remonta a um mundo perfeito no remoto passado
(Gén. 1: 31; 2:
1-3), e nos adverte que há um tempo quando o Criador,
outra vez, fará
"novas todas as coisas" (Apoc. 21: 5). Também é um
recordativo de que Deus
está preparado para restaurar, dentro de nossos corações
e de nossas vidas, seu
própria imagem tal como era no princípio (Gén. 1: 26,
27). que entra em
o verdadeiro espírito da observância do sábado se faz
assim idôneo para
receber o selo de Deus, que é o reconhecimento divino de
que o caráter
do Eterno está refletido perfeitamente na vida do homem
(Eze. 20: 20).
Uma vez cada semana temos o feliz privilégio de
esquecer tudo o que nos
recorde este mundo de pecado, e "nos lembrar"
das coisas que nos aproximam de
Deus. na sábado
pode chegar a ser para nós um pequeno santuário no
deserto deste mundo, onde por um tempo podemos estar
livres de seus
cuidados e podemos entrar, por assim dizê-lo, nos gozos
do céu. Se o
descanso do sábado foi desejável para os seres sem pecado
do paraíso (Gén. 2:
1-3), quanto mais essencial o é para os falíveis
mortais que se preparam
para entrar de novo nessa bendita morada!
VERSÍCULO 9.
Trabalhará.
Isto é tanto um privilégio como uma ordem. O trabalho que se
deva fazer tem
que realizar-se nos seis primeiros dias da semana, de
modo que na sábado,
o qual corresponde ao sétimo dia, possa ficar livre para
o culto e o
serviço de Deus.
VERSÍCULO 10.
O sétimo dia.
Nenhum trabalho secular desnecessário tem que realizar-se
nesse dia. na sábado deve
empregar-se em meditação religiosa, no culto e serviço
para Deus. Além disso
proporciona uma oportunidade para o descanso físico. Esta característica do
sábado é muito importante para o homem em seu estado
pecaminoso, quando deve
ganhar o pão com o suor de seu rosto (Gén. 3: 17-19).
Repouso para o Jehová.
Em hebreu, "repouso" não leva artigo definido,
"o", mas isto não lhe tira
exatidão ao mandamento do sábado. O ponto de
controvérsia entre os
observadores do domingo e os do sábado não é se um
cristão deve descansar
-não fazer "nele obra alguma"- um determinado
dia da semana, a não ser que dia de
a semana deve ser: o primeiro ou o sétimo. O mandamento responde
inequivocamente: "o sétimo dia". O mandamento divide a semana em dois
partes: (1) Em "seis dias. . . fará toda sua
obra". (2) Em "o sétimo dia. . .
não faça. . . obra alguma". E por que esta proibição de trabalhar em
"o
sétimo dia"?
Porque é "repouso para o Jehová". A palavra repouso vem
do
Heb. shabbáth, que significa "descanso". De modo que o
mandamento proíbe
trabalhar em "o sétimo dia" porque é um dia de
descanso do Senhor. Isto nos
faz remontar à origem do sábado, quando Deus
"repousou-nos sétimo dia" (Gén.
2: 2). portanto, é claro que o contraste não é entre
"o" e "um", a não ser
entre "trabalhar" e "descansar". "Seis dias", diz o mandamento, são
dias de
trabalho, mas "o sétimo dia" é um dia de
descanso. Que "o
sétimo dia" é
o único dia de descanso de Deus resulta evidente pelas
palavras com que
começa o mandamento: "te lembre do dia de repouso
[sábado] para
santificá-lo".
Os anjos anunciaram aos pastores: "Nasceu-lhes .
. . um Salvador" (Luc.
2: 11). Não
chegamos por isso [o uso do artigo "um"] à conclusão de que
Cristo foi tão somente um de muitos salvadores. Captamos o significado das
palavras dos anjos quando põem a ênfase na palavra
"Salvador".
Cristo veio, não como um conquistador militar ou um rei
terrestre, mas sim como um
Salvador. Outras
numerosas passagens tratam dessa salvação como única em seu
gênero e de que não podemos ser salvos por nenhum
outro. Assim é também
617
com o assunto do" e "um" no quarto
mandamento.
Não faça nele obra
alguma.
Isto não proíbe as obras de misericórdia ou o trabalho
essencial para a
preservação da vida e a saúde que não pode realizar-se em
outros dias.
Sempre "é lícito fazer bem em sábado" (Mat. 12:
1-14, BJ; Mar. 2: 23-28).
O descanso de que aqui se fala não tem que ser
considerado meramente em términos
da cessação do trabalho ordinário, embora é obvio isto
está incluído.
Deve ser um descanso santo, no qual haja comunhão com
Deus.
Nem sua besta.
O cuidado de Deus pelas animais ressalta repetidas
vezes nos escritores
do AT (Exo. 23: 5, 12; Deut. 25: 4). O os recordou no arca (Gén. 8: 1).
Estiveram incluídos em seu pacto que seguiu ao dilúvio
(Gén. 9: 9-11). O
sustenta que os animais são deles (Sal. 50: 10). A presença de
"muitos
animais" foi uma razão para que Nínive fora
preservada (Jon. 4: 11).
Seu estrangeiro.
Quer dizer um estrangeiro que, por própria vontade,
uniu-se com os israelitas.
Uma "grande multidão" saiu do Egito com o
Israel (Exo. 12: 38) e o acompanhou em
suas peregrinações pelo deserto. Enquanto escolhessem permanecer com os
israelitas, tinham que conformar-se com os requisitos que
Deus estabeleceu para
seu próprio povo.
Em um sentido, isto restringia sua liberdade, mas estavam
livres para ir-se se não desejavam obedecer. Em compensação, por
assim dizê-lo,
compartilhavam as bênções que Deus prodigalizava ao
Israel (Núm. 10: 29; Zac. 8:
22, 23).
VERSÍCULO 11.
Fez Jehová.
É significativo que Cristo mesmo, como Criador (Juan 1:
1-3), descansou no
primeiro sábado do mundo (DTG 714) e pronunciou a lei no
Sinaí (PP 381). Os
que são criados de novo à semelhança divina (F. 4: 24)
escolherão seguir seu
exemplo neste e em outros assuntos (1 Ped. 2: 21). O Criador não
"repousou"
devido a cansaço ou fadiga (ISA. 40: 28). Seu
"repouso" foi cessação de trabalho
ao terminar uma tarefa completada (Gén. 1: 31 a 2: 3). Ao descansar nos deu um
exemplo (Mat. 3:15; cf.
Heb. 4: 10). na sábado foi feito
para o homem (Mat.
2: 27), para satisfazer uma necessidade que foi
originalmente espiritual mas
que, com a entrada do pecado, converteu-se também em
física (Gén. 3: 17-19).
Uma das razões pelas quais os israelitas foram libertados do Egito
foi para que pudessem observar o dia de descanso famoso
Por Deus. Seu
opressão no Egito fazia dificilísima tal observância (ver
Exo. 5: 5-9;
Deut. 5: 12-15; PR 134).
VERSÍCULO 12.
Honra a seu pai.
Tendo abrangido com os quatro primeiros mandamentos
nossos deveres para
com Deus, agora entramos na segunda tabela da lei, que
tráfico de nossos
deveres para com nossos próximos (Mat. 22: 34-40). Posto que antes da
idade quando se tem responsabilidade moral os pais são
para seus filhos como
os representantes de Deus (PP 316), é lógico e adequado
que nosso primeiro
dever que corresponde ao homem se referisse a eles (Deut.
6: 6, 7; F. 6: 1-3;
Couve. 3: 20).
Outro propósito deste mandamento é criar respeito por toda
autoridade legítima.
Um respeito tal começa com o conceito que os meninos
têm de seus pais. Na mente do menino isto se converte na
base para o
respeito e a obediência que se devem aos que têm uma
autoridade legítima
sobre ele para toda a vida, particularmente na igreja e
no estado (ROM.
13: 1-7; Heb. 13: 17; 1 Ped. 2: 13-18). Está incluído no espírito deste
mandamento o pensamento de que os que governam no lar e
fora dele
devessem conduzir-se de tal maneira que sejam sempre
dignos do respeito e da
obediência de quem depende deles (F. 6: 4, 9; Col.3:21;
4: 1).
VERSÍCULO 13.
Não matará.
Qualquer compreensão correta de nossa relação com
nosso próximo indica
que devemos respeitar e honrar sua vida, pois toda vida é
sagrada (Gén. 9: 5,
6). Jesus magnificou (ISA. 42: 21) este mandamento ao
incluir, como parte de seu
violação, a ira E o desprezo (Mat. 5: 21, 22). Mais tarde o apóstolo
Juan
acrescentou a sua violação o ódio (1 Juan 3: 14,
15). Este mandamento não
só
proíbe a violência física a não ser o que é de
conseqüências muito majores: o
dano feito à alma.
Violamo-lo quando induzimos a outros ao pecado por nosso
exemplo e nossa conduta e contribuímos assim à destruição
de suas almas.
Os que corrompem ao inocente e seduzem ao virtuoso
"matam" em um sentido muito
pior que o assassino e o bandido, pois fazem algo mais
que matar o corpo (Mat.
10: 28).
VERSÍCULO 14.
Não cometerá adultério.
Esta proibição não só abrange o adultério mas também
também a fornicação e
impureza de toda e qualquer classe, em feitos, palavras e
pensamentos (Mat. 5:
27, 28). Este,
nosso terceiro dever 618 para com nosso "próximo", significa
respeitar e honrar o vínculo sobre o qual se edifica a
família, o da
relação matrimonial, que para o cristão é tão preciosa
como a vida mesma
(Heb. 13: 4). O
casamento faz do marido e a esposa "uma só carne" (Gén.
2: 24). Ser
desleal a esta união sagrada, ou induzir a outro a sê-lo, é
desprezar o que é sagrado e é também cometer um
crime. Através de
toda
a história humana, por regra general não se considerou
como uma falta grave
que um marido se convertesse em adúltero. Entretanto, se a
esposa era a
culpado, a tratava com a máxima severidade. A sociedade fala da "mulher
queda", mas pouco se diz do "homem
cansado". O mandamento se aplica com
igual força a ambos: ao marido e à esposa (Heb. 13: 4;
Apoc. 21: 8).
VERSÍCULO 15.
Não furtará.
Aqui se apresenta o direito a ter propriedades,
direito que tem que ser
respeitado por outros.
Para que tão sequer exista a sociedade, este princípio
deve ser protegido; do contrário não há segurança nem
amparo. Tudo
seria anarquia.
Este mandamento proíbe qualquer ato pelo qual
obtenhamos, direta ou indiretamente, os bens de outro
faltando à
honradez.
Especialmente nestes dias, quando cada vez aparece mais impreciso o
conceito claro da moralidade, é bom recordar que a
adulteração, o
ocultação de defeitos, a apresentação trapaceira da
qualidade e o emprego de
pesos e medidas falsas são todos atos de roubo, tanto
como os de um ladrão ou
ladrão.
Os empregados roubam quando recebem uma
"comissão" a costas de seus superiores,
ou se apropriam do que não entra explicitamente em um
convênio, ou descuidam
fazer qualquer trabalho para o que os contratou, ou o
realizam
descuidadamente, ou danificam com sua negligência os bens
do proprietário ou os
menosprezam, esbanjando-os.
Roubam os empregadores quando retêm de seus empregados
os benefícios que os
prometeram, ou permitem que se atrase o pagamento de seus
salários, ou os forçam a
trabalhar fora de horário sem a devida remuneração, ou os
privam de qualquer
outra consideração que razoavelmente têm direito a
esperar. Roubam quem
ocultam mercadorias de um inspetor de alfândega ou as
desfiguram em qualquer
forma, ou os que falseiam suas declarações de impostos, ou
quem defrauda a
os mercados incorrendo em dívidas que nunca podem ser
cobertas, ou os que
em vista de uma bancarrota iminente transferem suas
propriedades a um amigo,
com o entendimento de que mais tarde lhe serão
devolvidas, ou quem recorre a
qualquer das chamadas mutretas de comerciante.
Com a exceção dos que estão imbuídos pelo espírito de
honradez, dos
que amam a justiça, a eqüidade e o reto proceder, dos que
têm como a
lei de sua vida o tratar a outros como gostariam que
outros os tratassem a
eles, em uma maneira ou outra todos outros defraudam a
seu "próximo". Podemos
roubar a outros em formas mais sutis: lhes tirando sua fé
em Deus mediante a dúvida
e a crítica; mediante o efeito destruidor de um mau
exemplo, quando eles
esperavam de nós uma conduta muito diferente;
confundindo-os ou deixando-os
perplexos mediante declarações que não estão preparados
para entender; com
intrigas caluniosas e perniciosas que podem despojar os
de seu bom nome e
caráter.
Qualquer que retém de outro o que em justiça lhe pertence, ou se
dá procuração do alheio para seu próprio uso, está
roubando. O aceitar como próprios
o reconhecimento pelo trabalho ou as idéias de outros; o
usar o alheio sem
permissão, ou o aproveitar-se de outro em qualquer forma,
todo isso também é
roubar.
"O bom nome em homens e mulheres,
meu prezado senhor,
é a jóia preciosa de suas almas:
quem rouba meu porta-níqueis,
rouba folhagem; é algo, nada;
isso foi meu, agora é dele,
e pertenceu a milhares;
mas o que furta diminuindo meu bom
nome,
rouba-me o que não o enriquece,
e certamente me empobrece".
VERSÍCULO 16.
Falso testemunho.
Este mandamento pode ser transgredido de uma maneira
pública mediante um
testemunho mentiroso dado ante um tribunal (cap. 23:
1). O perjúrio sempre
foi considerado como um delito grave contra a sociedade,
e condignamente
castigado. Em
Atenas, uma testemunha falsa sofria uma forte multa. Se se o
comprovava três vezes essa falta, perdia seus direitos
civis. Em Roma, uma
lei
das Doze Pranchas condenava ao perjuro a ser arrojado
cabeça abaixo da
rocha Tarpeya. No
Egito, o castigo era a amputação do nariz e as
orelhas. 619
Esta proibição do Decálogo freqüentemente é violada
falando mal de outro,
com o que sua reputação é manchada, seus motivos são
tergiversados e seu nome
é denegrido.
São muitos os que acham que é insípido e insustancial
elogiar a seus próximos ou falar bem deles. Encontram uma emoção
maligna
em fazer ressaltar os defeitos de conduta de outros, em
julgar seus motivos e
criticar seus esforços. Já que por desgraça muitos sempre estão
preparados e
ávidos para escutar esta suposta sabedoria, aumenta-se a
emoção e se exalta
o eu egoísta e pecaminoso do caluniador. Este mandamento também pode ser
quebrantado pelos que ficam em silêncio quando ouvem que
um inocente é
caluniado injustamente. Pode ser quebrantado por um encolhimento de
ombros
ou um arquear das sobrancelhas. Qualquer que
desfigura, de qualquer maneira, a
verdade exata para obter uma vantagem pessoal ou por
qualquer outro propósito,
é culpado de dar "falso testemunho". A supressão da
verdade que poderia
nos prejudicar ou prejudicar a outros, também significa
dar "falso testemunho".
VERSÍCULO 17.
Não cobiçará.
O décimo mandamento complementa ao oitavo pois a
cobiça é a raiz da
qual cresce o roubo.
Em realidade, o décimo mandamento toca as raízes dos
outros nove.
Representa um avanço notável além da moral de qualquer
outro antigo código.
A maioria dos códigos não foram além dos
feitos e uns poucos tomaram em conta as palavras, mas
nenhum teve o
propósito de moderar os pensamentos. Esta proibição é
fundamental para a
experiência humana porque penetra até os motivos que
estão detrás dos
atos externos.
Ensina-nos que Deus vê o coração (1 Sam. 16: 7; 1 Rei. 8: 39;
1 Crón. 28: 9; Heb. 4: 13) e se preocupa menos do ato
externo que do
pensamento do qual brotou a ação. Estabelece o
princípio segundo o qual os
mesmos pensamentos de nosso coração estão sob a
jurisdição da lei de
Deus, e que somos tão responsáveis por eles como por
nossas ações. O
mau pensamento acariciado promove um mau desejo, o qual a
seu tempo dá a luz
uma má ação (Prov. 4: 23; Sant. 1: 13-15). Um homem pode
refrear-se de
adulterar devido às sanções sociais e civis que conduzem
tais
transgressões e, entretanto, à vista do céu pode ser tão
culpado como
se cometesse o fato (Mat. 5: 28).
Este mandamento básico revela a profunda verdade de
que não somos os
impotentes escravos de nossos desejos e nossas paixões
naturais. Dentro
de nós há uma força, a vontade, que, sob o controle de
Cristo, pode
submeter cada paixão e desejo ilegítimos (Fil. 2:
13). Além disso, é um
resumo do
Decálogo ao afirmar que o homem é essencialmente um ente
moral livre.
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