O Clamor da Meia-Noite
Guilherme Miller e outros tentaram
encontrar um tempo definido para o fim da profecia dos 2.300 dias. À principio,
declararam que seria “em torno de 1843”. Mais tarde, o limite do tempo foi
marcado para 21 de março e então 18 de abril de 1844, fim do ano judaico de
1843. O tempo passou sem que nada de especial acontecesse. O primeiro
desapontamento foi um golpe para os crentes, seguido por um período de
silêncio, o “tempo de tardança” da parábola das dez virgens, como a experiência
foi mais tarde interpretada.
Após o desapontamento,
estudiosos voltaram aos livros e descobriram o erro – os 2.300 anos deveriam
incluir os anos completos de 457 a.C. e 1843 a.d. De modo que um acontecimento
dentro do ano de 457 corresponderia à profecia na mesma data de 1844. Isto havia sido
mencionado um ano antes, mas ninguém prestou maior atenção ao fato. No verão de
1844, uma nova explosão de luz apareceu e iluminou o movimento do Advento
levando-o ao seu dramático clímax no mês de outubro.
Na reunião campal em New
Hampshire, em Agosto, José Bates sentiu que receberia nova luz. Ele convidou
Samuel S. Snow para dar um estudo.
*
b.
José Bates (1792-1872), que fez carreira de camaroteiro de bordo a capitão de navio e se
aposentou do mar antes que a primeira mensagem angélica o alcançasse. Deus
havia estado a dirigir sua vida, pois sempre fora um homem de princípios
corretos e amante do direito e da verdade. Ele havia deixado de usar álcool e
fumo enquanto navegava pelos mares. Era membro da Igreja Cristã e com cerca de
50 anos havia sido chamado para pregar. Foi o organizador das primeiras
sociedades de temperança da América. Dedicou todos os seus recursos na obra,
até que, por ocasião do grande desapontamento, pouco dinheiro lhe restava.
Depois disso, viveu principalmente pela fé.
Foi o primeiro dos
lideres que mais tarde tornaram-se ministros Adventistas do sétimo dia a
aceitar a verdade do Sábado e a apresenta-lo a outros obreiros e fiéis.
Escreveu também o primeiro tratado abrangente sobre o sábado que foi publicado.
Dedicou a maior parte de seu tempo viajando “ao Oeste que ainda não havia sido
trabalhado”, mesmo durante a neve do inverno do Canadá e em todas as partes do
Leste americano. “Jamais recusou um trabalho árduo em sua disposição
incansável. Era mais velho em idade do que seus associados mais jovens, os
White porém se curvavam ante seus experientes e paternais conselhos nos
primeiros dias do movimento. O Capitão Bates trabalhou ativamente até o fim de
seus dias. Faleceu em 1872 e foi sepultado em seu lar no Estado de Michigan.
c. John Nevins Andrews
(1829-1883),
tinha apenas 15 anos de idade quando passou pelo grande desapontamento. Começou
a pregar aos 21. Esteve entre os primeiros lideres a aceitar a verdade do
sábado. Era um estudante diligente e um hábil escritor (seu livro mais
conhecido é A História do Sábado). Destacou-se também por ser um bom
organizador. Foi ele que começou a estudar e investigar qual o plano de Deus
para financiar a pregação do evangelho. A partir de sua pesquisa, desenvolveu-se
o plano do sistema de dizimo que hoje conhecemos. Em agosto de 1860 ele sugeriu
publicamente que os irmãos deveriam encontrar-se para discutir a organização da
Igreja. Como resultado formou-se a Associação de Publicações Adventist Review e
o nome Adventista do Sétimo Dia foi escolhido pela Igreja.
Andrews foi enviado a
Europa como o primeiro missionário além-mar oficial da Igreja Adventista em
1874 parcialmente devido ao fato de ser um bom lingüista. Ali ele lançou os
fundamentos da obra Adventista.
J.N. Andrews foi o
terceiro presidente da Associação Geral.
d. John Norton
Loughborough (1832-1924), pregou para os Adventistas desde a idade de 16 anos, embora não tenha
ouvido a mensagem do sábado até 1852, quando J. N. Andrews explicou-a tão claramente
que imediatamente a aceitou. Trabalhou com M. E. Cornell na década de 1850
antes que os ministros recebessem salários, servindo em qualquer tarefa que
pudesse encontrar por quatro ou cinco dias por semana e pregando o resto do
tempo.
e. John Byington
(1798-887), é
mais lembrado como o primeiro presidente da Associação Geral. Ele tinha sido
ministro Metodista antes que conhecesse as três mensagens angélicas. Uma das
primeiras Escolas Sabatinas e a primeira Escola Adventista (iniciadas em 1853)
foram realizadas na casa de Byington em Buck’s Bridge, Nova Iorque. A
professora era sua filha Martha. Os primeiros guardadores do sábado reuniram-se
em sua propriedade, na qual ele construiu uma Igreja Adventista.
f. J. H. Waggoner
(1820-1889), aceitou
a mensagem do Advento em 1852, e está entre os que pediram por uma organização
da Igreja em 1860; ele era um dos lideres entre os Adventistas Guardadores do
Sábado. Trabalhou no Oeste, principalmente como editor de “Signs of the Times”.
Mais tarde serviu na Europa, e morreu na Suíça.
g. Urias (1832-1903) e
Annie (1828-1855)
Smith foram dois promissores jovens –
irmão e irmã – que lecionavam quando o Senhor os chamou para trabalhar para Ele
Anne Smith respondeu como resultado de um sonho sobre o irmão José Bates, a
quem ela ouviu falar logo após. Era uma obreira ardente, mais lembrada por seus
poemas, muitos dos quais usados como hinos. Sua vida findou prematuramente, em
1855, como resultado de tuberculose. Urias Smith aceitou a mensagem
aproximadamente no fim de 1852, mais de dez anos depois de sua irmã, e entrou
para a obra de publicações. Foi ordenado ministro do evangelho e passou a maior
parte de sua vida como editor da Review and Herald e escritor “Thought on
Daniel and the Revelation (Pensamentos sobre Daniel e Apocalipse) é a obra pela
qual ele é mais lembrado. Em 1888 foi um dos lideres na discussão sobre a
justificação pela fé e um dos proeminentes eruditos da Bíblia”.
h. Frederick Wheeler
(1811-1910), era
um pregador Metodista-Adventista que morava em New Hampshire e pastoreava a
Igreja de Washington. Ele foi essencialmente o primeiro ministro Adventista do
Sétimo Dia, pois aceitou a verdade do sábado através da Sra. Rachel Oakes (mais
arde Preston) em 1844. Entre os que estavam em sua congregação e que aceitaram
a terceira mensagem estavam os irmãos Farnsworth, William Cyrus.
Para estudos posteriores sobre os
pioneiros, LEIA:
Fundadores da Mensagem,
de Everett Dick – Casa Publicadora Brasileira, sobre “O Clamor da Meia-Noite”.
O homem não apenas falou aquele dia, mas todos os dias até que as reuniões se
encerraram. As pessoas sentiam-se eletrizadas, pois a parábola das dez virgens
parecia aplicar-se a eles. O irmão Snow explicou que o povo do Advento havia
esperado o Senhor na primavera daquele ano, mas foram forçados a esperar mais,
assim como na parábola. A profecia dos 2.300 dias deveria terminar na primavera
de 1844 (no fim do ano judaico de 1843) se o decreto de Artaxerxes houvesse
sido promulgado no primeiro dia do ano judaico de 457 a.C. Mas uma vez que o
decreto não havia sido promulgado até o outono daquele ano, a profecia dos
2.300 dias não terminaria até o outono de 1844. Um estudo mais profundo do
Santuário e de seus serviços revelou que a purificação do Santuário ocorreria
no décimo dia do sétimo mês. Isso coincidiu com a idéia de que os 2.300 anos
terminariam no outono, no décimo dia dos sétimo mês (no calendário judaico),
data que corresponderia a 22 de outubro de 1844.
Na parábola das dez
virgens o clamor foi dado à meia-noite. A mensagem de Samuel Snow, no meio do
verão, parecia corresponder ao “clamor da meia-noite”. A realidade dessas
verdades prendeu o coração das pessoas e elas saíram da campal para anunciar as
boas novas a todos os recantos: “Eis o noivo, sai-lhe ao encontro”. “O clamor
da meia-noite” foi dado durante o tampo de tardança”.
Os 50.000 crentes
Adventistas impressionaram-se tanto com a certeza de que o Senhor viria que
muitos não cultivaram seus campos porque pensavam que Ele viria antes da
próxima colheita. Passaram o tempo proclamando a mensagem da Vinda de Jesus.
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