4. A Igreja da
Reforma.
“Em terras
que ficavam além da jurisdição de Roma, existiram por muitos séculos,
corporações de cristãos que permaneceram quase inteiramente livres da corrupção
papal. Estavam rodeados de pagãos e no transcorrer dos séculos, foram afetados
por seus erros; mas continuaram a considerar a Escritura Sagrada como a única
regra de fé, aceitando muitas de suas verdades. Esses cristãos acreditavam na
perpetuidade da lei de Deus e observavam o sábado do quarto mandamento. Igrejas
que se mantinham nessa fé e pratica, existem na África Central e entre os armênios,
na Ásia”.
Mas dentre os que resistiram ao cerco cada vez mais apertado do poder papal, os valdenses ocuparam posição preeminente, a falsidade e corrupção papal encontraram a mais decidida resistência na própria terra em que o papa fixara sede...
Os valdenses
foram os primeiros
dentre os povos
da Europa a
obter a tradução
das Sagradas
Escrituras.
Por trás dos elevados baluartes
das montanhas –
em todos os
tempos refúgio dos perseguidos e
oprimidos – os
valdenses encontraram esconderijo.
Ali conservou-se a luz
da verdade a arder por entre as trevas da Idade Média. Ali, durante mil anos,
testemunhas da verdade mantiveram a
antiga fé. (Ibid pp. 63)
João Wiclef
foi o arauto da Reforma, não somente para a Inglaterra, mas para toda a
cristandade. O grande protesto contra Roma que lhe foi dado proferir, jamais
deveria silenciar...
Quando a
atenção de Wiclef se volveu as Escrituras, passou a investiga-las com a mesma
eficiência que o havia habilitado a apossar-se da instrução das escolas.
Deus
designara Wiclef e sua obra. Pusera-lhe na boca a palavra da verdade e
dispusera uma guarda a seu redor, para que esta Palavra pudesse ir ao povo. A
vida fora-lhe protegida e seus trabalhos se prolongaram, até ser lançado o
fundamento para a grande obra da Reforma.
Wiclef foi
um dos maiores reformadores. (Ibid pp 78-91).
João Huss
foi um dos membros da Igreja da Reforma que leu e acreditou nos escritos de
João Wiclef. Ao ser ordenado como sacerdote, denunciou os ensinos da Igreja que
não tinham base bíblica e sua pregação despertou interesse em centenas de
estudantes em toda Boemia e Alemanha.
Huss terminou condenado a fogueira, tal como fora Jerônimo que havia sido seu companheiro e apoio.
Contudo o
maior impulso do período da Reforma surgiu como resultado do valor da fé de
Martinho Lutero. Aos 21anos era um erudito consumado. Leu a Bíblia em latim, a
primeira que havia visto e memorizou porções dela. Através de uma experiência
dramática, chegou a conclusão de que o “justo viverá pela fé”.
Em 1º de
Novembro de 1.517 pregou, na pesada porta de madeira da Igreja do castelo de Wittenberg,
uma lista com 95 teses, ou declarações doutrinarias. Mais tarde essas teses
foram impressas e espalhadas por toda a Europa. Quando lhe foi ordenado que se
retratasse, respondeu: “Não posso e não quero retratar nada, por não ser digno
de um cristão falar contra sua própria consciência. Aqui eu fico, não pode ser
de outra maneira. Que Deus me ajude!”.
A Igreja
da Reforma se
expandiu graças à
tradução da Bíblia
em alemão feita
por Martinho
Lutero.
Felipe
Melanchton era um amigo intimo de Lutero e professor na Universidade de
Wittenberg. Ele ajudou a redigir a confissão de Augsburgo, que marcou o clímax
da Reforma Protestante.
João
Calvino, francês apoiou os huguenotes. Da Genebra, na Suíça, onde vivia, saíram
muitos estudantes que logo foram à Espanha, Inglaterra e outros países onde
apoiaram a Reforma. Um de seus alunos mais entusistas foi João Knox, cuja
pregação abalou os alicerces da apostasia na Escócia.
Ulrico
Zuinglio foi um reformador na Suíça, na época de Lutero. Era pastor da catedral
de Zurique. A
Suíça chegou a ser um modelo de paz e ordem como nação e centro protestante.
Na
Escandinávia, a Reforma também prosperou. Os irmãos Petri traduziram a Bíblia
em sueco e a Suécia tornou-se um país protestante. João Tausen pregou a
mensagem da Reforma na Dinamarca e como resultado
de sua obra e da tradução da
Bíblia em dinamarquês feita por
Pedersen, a Dinamarca tornou-se protestante.
A Igreja da
Reforma foi ajudada por posteriores traduções da Bíblia a outros idiomas.
Guillermo Tyndale e a invenção da imprensa deram às pessoas comuns da
Inglaterra a Bíblia em seu próprio idioma. A Bíblia libertou homens e mulheres
em vários países. A palavra de Deus dissipou as trevas; a ignorância foi
trocada pelas Escrituras. Mais tarde, reformadores como João Wesley
levariam as verdades evangélicas a alturas mais elevadas.
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