segunda-feira, 19 de outubro de 2015

LIVRO NOSSA HERANÇA - CAPITULO 1 (IV Parte) - A Igreja da Reforma


4.  A Igreja da Reforma.

“Em terras que ficavam além da jurisdição de Roma, existiram por muitos séculos, corporações de cristãos que permaneceram quase inteiramente livres da corrupção papal. Estavam rodeados de pagãos e no transcorrer dos séculos, foram afetados por seus erros; mas continuaram a considerar a Escritura Sagrada como a única regra de fé, aceitando muitas de suas verdades. Esses cristãos acreditavam na perpetuidade da lei de Deus e observavam o sábado do quarto mandamento. Igrejas que se mantinham nessa fé e pratica, existem na África Central e entre os armênios, na Ásia”.

Mas dentre os que resistiram ao cerco cada vez mais apertado do poder papal, os valdenses ocuparam posição preeminente, a falsidade e corrupção papal encontraram a mais decidida resistência na própria terra em que o papa fixara sede...

Os  valdenses  foram  os  primeiros  dentre  os  povos  da  Europa  a  obter  a  tradução  das Sagradas Escrituras.

Por trás dos elevados baluartes  das  montanhas    em  todos  os  tempos  refúgio  dos perseguidos  e  oprimidos    os  valdenses  encontraram  esconderijo.  Ali  conservou-se  a  luz da verdade a arder por entre as trevas da Idade Média. Ali, durante mil anos, testemunhas da verdade mantiveram a antiga fé. (Ibid pp. 63)


João Wiclef foi o arauto da Reforma, não somente para a Inglaterra, mas para toda a cristandade. O grande protesto contra Roma que lhe foi dado proferir, jamais deveria silenciar...

Quando a atenção de Wiclef se volveu as Escrituras, passou a investiga-las com a mesma eficiência que o havia habilitado a apossar-se da instrução das escolas.

Deus designara Wiclef e sua obra. Pusera-lhe na boca a palavra da verdade e dispusera uma guarda a seu redor, para que esta Palavra pudesse ir ao povo. A vida fora-lhe protegida e seus trabalhos se prolongaram, até ser lançado o fundamento para a grande obra da Reforma.
Wiclef foi um dos maiores reformadores. (Ibid pp 78-91).

João Huss foi um dos membros da Igreja da Reforma que leu e acreditou nos escritos de João Wiclef. Ao ser ordenado como sacerdote, denunciou os ensinos da Igreja que não tinham base bíblica e sua pregação despertou interesse em centenas de estudantes em toda Boemia e Alemanha.  Huss terminou  condenado  a fogueira, tal como fora Jerônimo  que havia sido seu companheiro e apoio.

Contudo o maior impulso do período da Reforma surgiu como resultado do valor da fé de Martinho Lutero. Aos 21anos era um erudito consumado. Leu a Bíblia em latim, a primeira que havia visto e memorizou porções dela. Através de uma experiência dramática, chegou a conclusão de que o “justo viverá pela fé”.

Em 1º de Novembro de 1.517 pregou, na pesada porta de madeira da Igreja do castelo de Wittenberg, uma lista com 95 teses, ou declarações doutrinarias. Mais tarde essas teses foram impressas e espalhadas por toda a Europa. Quando lhe foi ordenado que se retratasse, respondeu: “Não posso e não quero retratar nada, por não ser digno de um cristão falar contra sua própria consciência. Aqui eu fico, não pode ser de outra maneira. Que Deus me ajude!”.

A  Igreja  da  Reforma  se  expandiu  graças  à  tradução  da  Bíblia  em  alemão  feita  por Martinho Lutero.

Felipe Melanchton era um amigo intimo de Lutero e professor na Universidade de Wittenberg. Ele ajudou a redigir a confissão de Augsburgo, que marcou o clímax da Reforma Protestante.

João Calvino, francês apoiou os huguenotes. Da Genebra, na Suíça, onde vivia, saíram muitos estudantes que logo foram à Espanha, Inglaterra e outros países onde apoiaram a Reforma. Um de seus alunos mais entusistas foi João Knox, cuja pregação abalou os alicerces da apostasia na Escócia.

Ulrico Zuinglio foi um reformador na Suíça, na época de Lutero. Era pastor da catedral de Zurique. A Suíça chegou a ser um modelo de paz e ordem como nação e centro protestante.

Na Escandinávia, a Reforma também prosperou. Os irmãos Petri traduziram a Bíblia em sueco e a Suécia tornou-se um país protestante. João Tausen pregou a mensagem da Reforma na Dinamarca  e como  resultado  de sua obra e da tradução  da Bíblia em dinamarquês  feita por Pedersen, a Dinamarca tornou-se protestante.

A Igreja da Reforma foi ajudada por posteriores traduções da Bíblia a outros idiomas. Guillermo Tyndale e a invenção da imprensa deram às pessoas comuns da Inglaterra a Bíblia em seu próprio idioma. A Bíblia libertou homens e mulheres em vários países. A palavra de Deus dissipou as trevas; a ignorância foi trocada pelas Escrituras. Mais tarde, reformadores como João Wesley levariam as verdades evangélicas a alturas mais elevadas.

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