A Mensagem do Terceiro Anjo Começa (V)
O estudo do Santuário foi a chave
que desvendou o mistério do desapontamento. Foi também a chave da doutrina
central da terceira mensagem angélica que aponta especialmente para a lei de
Deus e particularmente para as conseqüências da transgressão. Há um elo
definitivo entre esta e a mensagem do Sábado, que é o centro da Lei. Foi na luz
dada aos crentes pioneiros sobre a verdade do Sábado que Deus estava preparando
a mensagem final.
“Durante o tempo do
Clamor da Meia-Noite em 1844 que a senhora Raquel Oakes, (mais tarde Preston),
uma Batista do 7º Dia, veio a Washington, New Hampshire, para visitar sua
filha, que era uma das crentes Adventistas naquele lugar. A senhora Oakes era
uma devota fervorosa do Sábado bíblico e havia trazido com ela um suprimento de
folhetos. Logo ela aceitou as doutrinas Adventistas e continuou também a
guardar o sábado. Os folhetos que distribuiu silenciosamente também deram
frutos. Em um culto de domingo pela manhã, um dos crentes Adventistas (William
Farnsworth) levantou-se e disse que estava convencido de que o sétimo dia era o
verdadeiro sábado bíblico e que ele, de sua parte, estava disposto a guarda-lo.
Vários outros expressaram que eram da mesma opinião e dentro de poucos dias,
praticamente todo o grupo de 40 membros tornou-se guardador do sábado”.
Nesse sentido, a Igreja
de Washington, New Hampshire, foi a primeira Igreja Adventista do sétimo dia
ainda que a organização oficial da Igreja Adventista estivesse a alguns anos de
distância.
O primeiro ministro a
aceitar o sábado foi Frederick Wheeler, da congregação de Washington. Ele havia
sido, no passado, um pastor metodista e associado de Guilherme Miller.
Nem todos os Adventistas
em 1844 guardavam o sábado. A atenção dos Adventistas como grupo em relação ao
sábado foi chamada mediante um artigo sobre o assunto da autoria de Thomas M.
Preble, publicado em um pequeno jornal em Portland Maine no começo de 1845, J.
B. Cook também escreveu um artigo que também apareceu publicado após o de
Preble, no qual ele mostrava conclusivamente que não há evidência
escrituristica para se guardar o domingo como o sábado do sétimo dia. Desse
modo, um movimento em favor do sábado havia começado e não podia ser facilmente
detido.
Ouvindo que o grupo de
Washington, New Hampshire, estava guardando o sábado, Joseph Bates decidiu
visitá-lo para saber qual o significado daquilo. Ele foi a New Hampshire
estudou o assunto, viu que o ponto de vista deles estava correto e aceitou a
luz. Voltando para casa, encontrou-se com o Sr. Hall que o cumprimentou, na
ponte que ligava New Bedford a Fairhaven:
-“Quais são as novas,
Capitão Bates?”
- “As novas é que o sétimo dia é o sábado do
Senhor Nosso Deus”.
- “Bem” – disse o Sr. Hall – “Vou para casa e
lerei a Bíblia para ver o que descubro sobre isso”.
Assim ele fez e da
próxima vez que se encontraram, o Sr. Hall aceitou a verdade do sábado e passou
a guardar o sétimo dia”. (The Great Advent Movement, pp. 39, 40)
Embora a verdade do sábado do
sétimo dia tinha sido realçada outra vez em 1844, sempre houve guardadores do
sábado ao longo de todas as épocas. Mesmo durante a Idade Média, grupos
observavam o sábado do sétimo dia. Os batistas do sétimo dia preservaram
fielmente a verdade do quarto mandamento por séculos, como vimos. Foi deles que
os Adventistas do Sétimo Dia aprenderam a verdade do sábado.
Os Congressos Sabáticos (VI)
A doutrina do sábado do
sétimo dia logo tornou-se um teste para aqueles que desejavam unir-se aos
Adventistas guardadores do sábado. A leitura de um único artigo foi suficiente
para convencer José Bates. Hiram Edson também aceitou prontamente a verdade do
sábado. Frederick Wheeler e William Farnsworth precisaram apenas de uma
introdução ao assunto e pouco tempo para o estudo; logo, tornaram-se
guardadores do sábado. Tiago e Ellen não se impressionaram com a importância da
doutrina do sábado a principio. Após seu casamento, os Whites estudaram um
panfleto que Bates havia publicado e logo aceitaram o sábado.
Entretanto, aqueles
foram dias difíceis para esses lideres, pois não havia unidade doutrinaria.
Pela providência divina, vários congressos foram realizados por esse tempo. Os
crentes estudavam profundamente as Escrituras e comparavam texto com texto até
se certificarem das doutrinas da Bíblia. Ao todo, foram seis congressos
bíblicos em 1848. Ellen White desempenhou um importante papel nessas reuniões.
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