quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Deus Revelado na Natureza



A natureza é um livro aberto para a alma, a mais fiável evidência da existência de um poder supremo, omnipresente, omnipotente e omnisciente, criador e matenedor dos céus, da terra e de tudo o que neles há.
A vegectação, a fauna e os seres inanimados compravam o amor de Deus e a influência de suas
mãos poderosas sobre o universo.

Tome um tempo para meditar, louvar e agradecer a Deus, ele estará lá para ouví-lo. Ao despontar
do sol ou no arrebol vespertino, clame em silêncio a Deus, fala com ele sobre tuas lutas, sonhos e conquistas, peça- lhe inspiração para os desafios do dia a dia. Ofereça-lhe seu coração e seus
pensamentos, deixe o espirito santo conquistar a tua alma.


Deixe que na natureza, sua voz seja mais audível para o teu coração!






Fogueiras


O primeiro passo para acender uma boa fogueira será preparar o local onde se planeja posicioná- la.
O local não deve ser aberto, para que o vento não disperse a chama e o calor, mas também não pode ser debaixo de árvores e arbustro para que não se deflagre um incêndio.
Toda a área deve ser limpa num raio de pelo menos 3 metros, dependendo do tamanho da fogueira. Este local deve estar localizado ao sotavento das tendas e a uma distância de pelo menos 3 metros delas.
A copa das arvores deve estar a uma altura de também 3 metros da base da fogueira.
Um recipiente com areia deve estar guardado perto da fogueira e num local conhecido por todos os participantes. Esta será usada para extinguir a fogueira em situações de emergência.
Os jogos devem ser feitos a uma distância segura. Os participantes não devem brincar com as chamas, queimado gravetos ou colocando a mão sobre elas, por exemplo. Deve-se guardar uma distância razoável entre os que se aquecem e a fogueira de modo a que, mesmo em caso de um deslize acidental, ninguém caia na fogueira.
Antes da recolha para dormir, a fogueira deve ser apagada. Só será mantida caso necessário, isto para que o pessoal da ronda noturna se possa aquecer, contudo deve ser mantida menos viva.

Uso seguro do fósforo
O uso do fósforo é o mais rápido e eficaz método de se iniciar uma fogueira. Por isso, deve ser preservado da humidade, quardado em lugar seguro e de fácil acesso. A seguir algumas dicas:
• Manter o fósforo em lugar seco, longe da
chuva e do orvalho;
• Ao acender, deslize o palito para o lado oposto ao corpo;
• Evite disperdícios protegendo a chama do vento ao acender o fósforo;
• Prepare acendalhas (grama e folhas secas) e incida a chama do fosforro sobre elas, não tente iniciar
uma fogueira sobre material grosso (gravetos e lenha grossa)


Iniciando uma fogueira
Uma fonte de combustão e material seco, são a base para se iniciar uma fogueira. Já falamos do fósforo, então necessitamos de material que pegue fogo com facilidade (acendalhas), material secundário (gravetos) e depois o combustível que irá manter a fogueira viva
(material grosso).
Acendalhas seria grama e folhas secas, de fácil combustão, onde seria incidido fogo primário (do fósforo); logo a seguir, por cima das acendalhas, seriam colocados os gravetos e outro material fino.
Então a chama estará suficientemente viva para incendiar material
mais grosso, troncos de maior diâmetro.
Até então, sob condições climatéricas óptimas, será relativamente fácil iniciar e mater uma fogueira. O  dilema começa quando necessitamos ateá-la sob chuva.
Algumas ações preventivas podem ajudar a tornar esta tarefa mais fácil:

• Impermeabilizar os palitos e manter o fósforo seco (embrulhando-o num pequeno saco plástico por exemplo);
• Proteger a lenha e acendalhas sob um tolo e sobre uma base elevada para protegê-la da
humidade do solo ou da água da chuva deslizando pelo chão, ou contruindo valetas ao redor;

Se estas acções não tiverem sido tomadas, então há que procurar material seco que tenha escapado da humidade. Pinhas e mato espinhoso são mais resistentes à humidade. É tambem possivel encontrar material seco debaixo dos arbustros e árvores frondosas na mata densa. A copa
das árvores protege este material da chuva.
Antes de mais nada, prepare uma barreira usando um toldo ou materiais da natureza, cave uma valeta para proteger o fogueira da água escorrendo toldo abaixo. Faça uma fogueira em forma de
pirâmede, assim o material grosso secará e se incendiará com maior rapidez.

Mantenha-te aquecido, ó moço!

Um dos pontos mais altos do acampamento é a hora de dormir. Ao relento ou numa tenda, para que a noite seja bem passada, o aquecimento é essencial. Um ambiente desprotegido do frio poderá
criar desconforto e insónia.
Um isolador térmico deve ser acopulado ao colchonete, um toldo deverá ser colocado sob a tenda, evitando assim o impacto do chão frio sobre o corpo.

Gorro, lavas, camisola e calças com tecido grosso não devem ser descartados na hora de se deitar. Um cobertor pode ser usado junto com o saco cama para evitar a perda de calor. 

Canivete e Machadinho



 Canivete
Este é um instrumento indispensável para o explorador. Pode ser usado para vários fins. O seu uso é muito similar ao da faca e de outros instrumento cortantes:

• Deve ser mantido seco e limpo;
• Nunca deve ser quardado aberto;
• A lâmina deve ser mantida afiada;
• Não se deve espetar a lâmina na terra;
• Corte sempre em direcção oposta ao corpo;

Machado e Machadinha
A diferença entre o machado e a machadinha está no tamanho.  O primeiro é manipulado com as duas mãos e o segudo com apenas uma.

A seguir algumas dicas para o uso destes com segurança:
• O cabo deve estar bem fixo, evitando que a cabeça de solte e cause ferimentos a quem maneja o instrumento ou a quem estiver por perto. Mergulhar o machado ou machadinha na água fará com que o cabo inche, se fixando melhor;
• Evitar usá-lo enquanto estiver pessoas por perto;
• Não cortar galhos sobre o terra, para que o fio não se danifique pelo contacto com o solo. O galho deve ser apioado sobre um troco mais grosso

Tal como a faca, canivete ou outra ferramenta cortante, o machado não deve ser deixado caído no
chão, encostado a uma árvore e muito menos cravado no tronco vivo de uma árvore.

O seu manejo deve observar regras de segurança para o utilizador, assim como para pessoas que se encontrem por perto.

Devemos ter todo cuidado ao usar o machado para que este não atinja sua perna ou braço. Se estiver segurando com a mão no tronco ou galho que esta sendo cortado, verifique se a mão não esta ao alcance de nenhum golpe desviado por acaso.
O mesmo cuidado devemos ter com as pernas, as quais deverão estar conforme a posição em que esteja cortando, de modo a que o machado nunca te atinja a perna, mesmo no caso de um golpe mal dado e que se desvie.

O transporte do machado é outro factor importante na segurança. Quando o transportar na mão, segure-o sempre pela lâmina, e nunca pelo cabo. Os iniciantes, quando pegam no machado pela primeira vez, costumam andar com ele segurando no cabo e balanceando-o, arriscando-se a bater com a lâmina nas pernas ou atingir algum colega. Se o machado for grande poderá levá-lo ao
ombro, mas sempre com o fio da lâmina virado para fora.

Quando se passa o machado a outra pessoa, devemos entregá-lo sempre segurando na lâmina, para que se possa pegar facilmente no cabo. 

Higiene no Acampamento

Seja num acampamento ou acantonamento, a higiene bastante crucial na demons sentido de responsabiilidad individual e colectiva.
Um acampante comprometido com a cidadania, com o bem da comunidade e da natureza, seja lá onde fôr, um comportamento sadio com relação à manutenção de hábitos de higiene e preservação do meio
ambiente, no seu sentido global.

• Nunca se deve usar a mata como depósito de lixo. Todos os detritos devem ser devidamente tratados e armazenados em lugar apropriado e depois descartados sem deixar qualquer sequela ao meio ambiente;
• Os detritos de fácil decomposição, como restos de comida e papel, podem ser queimados e enterrados no local de acampamento;
• Os de difícil decomposição como latas, embalagens plásticas e de vidro, devem ser levados até um depósito para o devido tratamento;
• Deve sempre existir uma latrina. Tanto a latrina como a lixeira devem estar localizadas ao sotavento do acampamento;
• O pátio e a cozinha devem ser mantidos limpos e arrumados;
• Não se deve perder os hábitos individuais de higiene: o banho é obrigatório, os dentes devem ser lavados, o cabelo penteado, as unhas cortadas, a roupa lavada, a pele hidratada e protegida; LAVAR AS MÃOS!
• As tendas devem estar sempre arrumadas; cobertores, roupas, mochilas, calçados devem estar
sempre organizados; Higiene na Cozinha
Muitas crises de saúde em acampamentos têm sido causadas por contaminação alimentar e estas causadas por falhas de higiene na cozinha, no condicionamento e confecção dos alimentos.
Os alimentos devem ser conservados em recipientes limpos e fechados, acondicionados em local fresco e exclusivo. Não deve ser guardado junto a outros materiais. Só será manipulado pelo pessoal seleccionado para esse fim, E SEMPRE COM AS MÃOS LIMPAS!

A cozinha deve estar sempre limpa e os utensílios limpos, secos e protegidos. Tapá-los com pano
ou quardá-los fechados em um recipiente, são algumas alternativas.

Uma arternativas bastante famosa entre acampantes é o de mater os utensílios e alimentos amarrados em um saco e pendurá-lo numa árvore, assim ficam livres dos animais e se matêm frescos sob a copa da árvore.

Qual é a maneira apropriada para lavar o loiça?

Com sabão
·         Passe uma fina camada de detergente biodegradável no exterior de suas panelas antes de cozinhar. Isso impedirá que os potes queimem por fora e tornará a limpeza mais fácil.
·         Ferva água para a limpeza enquanto. É mais fácil limpar os utensílios imediatamente após cozinhar, senão a comida esfria e endurece nas panelas.
·         Prepare três potes ou baldes: Pote de limpeza: contém água quente com algumas gotas de sabão biodegradável. Balde de enxágue frio: água salgada com um pequena quantidade de água sanitária ou alguma substância para matar bactérias (veja nas Dicas abaixo). Balde de enxágue quente: água quente e limpa.Raspe os pratos antes de lavar.
·         Esfregue os pratos no balde de limpeza. Se você fizer isto imediatamente após o uso, não será preciso esfregar muito (a não ser que tenha queimado a panela enquanto cozinhava).
·         Mergulhe os pratos no enxágue frio.
·         Mergulhe os pratos no enxágue quente, segurando com um pegador. Isto é importante, pois remove toda a água sanitária dos pratos para armazenamento.
·         Coloque os pratos em um pano limpo ou em papel alumínio para secar. Deixe secar com o ar, se tiver tempo; use toalhas de papel se não. Para secar, tome cuidado para que os pratos não toquem nenhuma superfície contaminada; de preferência, pendure em um pano poroso ou rede para secar ao sol.
·         Descarte a água de limpeza, passando a água antes por um pano ou peneira para remover os detritos de comida.
·         Leve a água a pelo menos 60m do acampamento e de qualquer corpo d'água. Despeje o líquido, esparramando sobre uma grande área.
·         Limpe o pano ou a peneira no fogo ou em um lixo que irá voltar com você.

Sem sabão
        Use areia coletada de um local onde haja pouca matéria orgânica.
        Aqueça a água como descrito acima.
        Esfregue um pouco de óleo de cozinha nos pratos e misture cinzas da fogueira com um pouco de água quente, até que uma mistura grossa se forme. Esta mistura é perigosa; veja os Avisos.
        Use areia para esfregar os pratos, usando dois baldes separados para lavar e enxaguar. Deixe
·         secar.
        Aqueça os pratos logo antes de cozinhar novamente para esterilizá-los.



Dicas
        Quanto mais quente a água, menos bactérias.
        1 colher de sopa de água sanitária é o bastante para esterilizar 1 litro de água.Algumas pessoas não usam água sanitária. Se a água estiver bem quente e sabão for usado, os pratos devem estar limpos o bastante para o próximo uso.
        Limpe os utensílios sempre nesta ordem: copos e pratos primeiro, panelas por último. As panelas
        vão ser aquecidas no próximo uso, o que com certeza vai ajudar a esterilizá-las.
        Se não tiver baldes o suficiente para a água, tente colocar um saco de lixo dentro de uma caixa, em caso de necessidade.
        Limpe sempre as mãos antes de mexer com os pratos, para evitar contaminação.

Avisos
        Comida atrai animais selvagens. Nunca deixe comida, lanches, doces ou restos na proximidade do acampamento.
        Alguns detergentes e outros produtos podem ser nocivos ao ambiente.

        Não use água parada, pois ela tem mais chance de ter parasitas ou microorganismos nocivos. 

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

CAPÍTULO 4 - A IGREJA REMANESCENTE ORGANIZADA (1853-1863)






 Entregam-se Credenciais

            Um passo inicial em direção a organização foi a criação de credenciais de identificação para os ministros. Este procedimento foi introduzido em 1853. Os ministros autônomos pregavam com zelo.

Primeira Tenda Evangelística e Escolas Sabatinas

            Os irmãos M. E. Cornell e J. N. Loughborough usaram uma tenda para um esforço evangelístico em 1854 e muitas pessoas uniram-se a Igreja. As primeiras Escolas Sabatinas regulares eram realizadas em Rochester e Buck’s Bridge, Nova Iorque em 1853 3 1854.

Mudando-se Para Battle Creek

            Quatro leigos ofereceram a Tiago White mil e duzentos dólares para a construção do prédio da publicadora em Battle Creek. Após muitas orações, a oferta foi aceita e eles mudaram-se de Rochester, Nova Iorque, para Battle Creek, Michigan, em 1855. A sede permaneceu ali até 1903.
            Na nova localidade, o preto foi mantido ativo imprimindo a Review and Herald e Youth’s Instructor, folhetos evangelísticos e de temperança. Urias Smith foi apontado como editor e os escritores incluíram J. N. Andrews, Tiago White e J. H. Waggoner.
            José Bates também se mudou para Michigan e manteve-se ocupado em esforços evangelísticos, conferencias e viajando constantemente para ministrar o “rebanho disperso”.

Primeiras Publicações

 
           
 Em 1849, um grupo de Adventistas guardadores do sábado começou a publicar um folheto chamado “The Present Truth”. Em 1850 também publicaram seis edições de “The Advent Review”. Em novembro daquele ano, estes dois folhetos fundiram-se sob o nome “Second Advent Review and Sabbath Herald”, hoje intitulado “Adventist Review” (Revista Adventista). Esta é a publicação geral da Igreja e contém novas atividades da Igreja em todo o mundo bem como artigos devocionais e doutrinários.
            O Youth’s Instructor foi criado por Tiago White em 1852 em Rochester, e continha as lições da Escola Sabatina para a semana. Para cumprir seus objetivos iniciais, a Igreja hoje publica, Vida e Saúde e Nosso Amiguinho, O Ministério, Diálogo e as Lições da Escola Sabatina trimestrais.

Oposição à Organização

            A principio, muitos pioneiros Adventistas opunham-se à organização. O fato de que muitos tinham sido excluídos de suas Igrejas anteriores, punha-lhes contra a organização formal. Porém, logo se tornou evidente à maioria que a organização da Igreja era uma salvaguarda contra confusão e fanatismo.

Finanças da Igreja Pioneira

            Na década de 1850, os que pregavam a mensagem do Advento confiavam na generosidade de seus ouvintes e trabalhavam para se manterem. Um grupo, sob a liderança de J. N. Andrews, pesquisou as Escrituras para encontrar o método de Deus para a assistência ao ministro. A recomendação foi chamada de Benevolência Sistemática. O plano adotado pedia que cada membro desse anualmente no mínimo 1 por cento de toda sua propriedade livre de dividas em acréscimo às ofertas semanais.

            Até 1853 a literatura era distribuída, mas neste ano Tiago White sugeriu que os ministros vendessem literaturas e folhetos. Um conjunto completo custava apenas 35 centavos de dólar!

7. Voto Para a Organização

            Após muita discussão sobre um sistema financeiro adequado, alguns sugeriram uma organização legal para as propriedades da Igreja. Poucos se opuseram, e Tiago White e outros foram até mesmo acusados de quererem ser administradores, unindo a Igreja com o Estado.
            Na década de 1850, o Senhor falou através de Sua serva: “Há ordem no céu, e Deus Se agrada com os esforços de Seu povo em tentar atuar com sistema e ordem em Sua obra na terra. Vi que haveria ordem na Igreja de Deus, e que é necessário um sistema organizado para levar adiante e com sucesso a última grande mensagem de misericórdia ao mundo”. (Testimonies, vol 1, p. 191).
            Em 1860, as discussões alcançaram seu clímax e os crentes voltaram formar uma organização que pudesse, legalmente possuir a publicadora e os templos.

Escolhendo um Nome

            Em 1860 o nome “Adventista do Sétimo Dia” foi adotado. Mais tarde Ellen G. White apoiou a escolha. “O nome Adventista do Sétimo Dia apresenta frontalmente as verdadeiras características de nossa fé, e convencerá a mente inquiridora. Como uma flecha da aljava do Senhor, ele atingirá o transgressor da lei de Deus e levará ao arrependimento a Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo”. (ibid p. 224).
            Uma associação legal foi formada em 13 de maio de 1861, e foi chamada de Seventh-day Adventist Publishing Association (Associação Publicadora Adventista do Sétimo Dia).
            Naquele mesmo ano, as Igrejas no estado de Michigan foram unidas na primeira Associação. Sete outras foram formadas em 1862.

Primeira Sessão da Conferencia Geral


            A primeira reunião geral oficial dos Adventistas do Sétimo Dia foi realizada em Battle Creek em 1863. Uma constituição de nove artigos foi adotada. Estes artigos têm sido emendados em sessões subseqüentes, mas nenhuma grande mudança foi feita.
            Os oficiais escolhidos para a recém-formada Associação Geral foram: Presidente John Byington, Secretário Urias Smith, Tesoureiro E. S. Walker. Tiago White tinha sido unanimemente eleito presidente, mas declinou afirmando que suas idéias de organização poderiam comprometer sua função. Os membros da comissão executiva eram John Byington, J. N. Loughbotough e Tiago White.

Membros e Ministros


            Naquele tempo havia 3.500 membros em 125 Igrejas. Os ministros somavam 22 ordenados e 8 licenciados. 

LIVRO NOSSA HERANÇA - CAPITULO 3 - O NASCIMENTO DA IGREJA RENAMESCENTE (VII / VIII Partes)

O Dom de Profecia Para a Igreja Remanescente (VII)

             

           
 “Quando em visão em Patmos, João viu símbolos das grandes eras da história do mundo. À medida que João contemplava o futuro, nas visões, ele viu o povo leal de Deus próximo ao fim dos tempos e presenciou a intensidade do conflito. Quando o profeta olhou mais atentamente, viu que essa Igreja estava guardando os mandamentos de Deus. Viu também que havia uma direção especial através do espírito de profecia, pois os testemunho de Jesus é o espírito de profecia” (Apoc. 19:10) (The Story of Our Church, p. 186).

            Desde o principio, Deus tem mentido contato com Sua Igreja de várias maneiras. Sua liderança nem sempre é tão clara como a coluna de nuvem durante o dia ou a coluna de fogo durante a noite, mas Seu povo tem se conscientizado de Sua presença. O principal canal de comunicação entre Deus e Seu povo tem sido através de “Seus servos os profetas”. Conforme esta predito em Apoc. 12:17 e 19:10 a Igreja Remanescente devia ter o dom de profecia.
            Em janeiro de 1842, um mulato chamado William Foy, um batista de Boston, que, mais tarde, preparou-se para o ministério episcopal, recebeu uma visão a respeito dos remidos sendo conduzidos às glórias celestiais. Em fevereiro, uma visão semelhante foi dada a ele com instruções definidas para compartilha-la. Três dias mais tarde, após se sentir relutante em falar, relatou a visão à congregação de Boston.
            Após viajar extensivamente levando essa mensagem, Foy recebeu a terceira visão, poucas semanas antes do desapontamento. Um novo tema lhe foi mostrado. Ele viu três plataformas que indicavam a terceira fase da mensagem de Deus para aquele tempo. Em perplexidade abandonou a obra pública e pouco depois morreu. No entanto, não há indicação de que ele tenha cometido pecado em não relatar essa visão.
            Hazen Foss, um talentoso jovem Adventista de Portland, Maine recebeu uma visão poucas semanas antes do desapontamento. A visão incluía as três plataformas que foram mostradas a Foy, Foss foi advertido a respeito de algumas dificuldades que teria de enfrentar como mensageiro do Senhor quando relatasse a visão. Temendo o ridículo das pessoas, recusou-se a contá-la. A visão foi repetida com a advertência de que se ele recusasse o dom seria retirado dele. Por ter se negado uma vez mais, uma terceira visão lhe foi dada dizendo que o dom seria transferido para a mais fraca dos fracos. Embora tenha vivido até 1893, jamais recuperou o interesse na religião pessoal.
            Ellen Harmon foi a terceira pessoa escolhida pelo Senhor par ser a mensageira ao remanescente. Em dezembro de 1844, dois meses após o desapontamento, quando uma palavra segura, vinda do céu, era necessária aos crentes Adventistas. Deus deu uma visão a Ellen uma garota de 17 anos. Brevemente, uma representante simbólica do futuro da Igreja desenrolou-se diante dela. O tempo em questão era de 22 de outubro até a entrada dos santos na Nova Jerusalém. Ela viu que a Vinda de Jesus não ocorreria tão rapidamente como eles haviam esperado. A glória da visão do céu parecia tão real a Ellen que após ter saído da visão, tudo parecia escuro ao seu redor. Ela chorou quando percebeu que sua experiência havia sido apenas uma visão. Sentia saudades do céu.
            Após uma semana da primeira visão, Ellen recebeu uma segunda revelação. Foi-lhe dito que deveria ir a vários lugares contando o que havia sido mostrado a ela. Ao mesmo tempo, foi advertida a respeito das provações que sofreria.
            Em sua primeira visão, Ellen viu as mesmas coisas que Foy e Foss. A visão mostrava a jornada do povo de Deus a caminho do reino eterno.
            Nos primeiros tempos da Igreja Adventista, as pessoas deviam decidir se criam ou não nas mensagens de Ellen White como sendo enviadas por Deus. Do mesmo modo hoje, as pessoas que se unem à Igreja Adventista do Sétimo Dia devem determinar em seu próprio coração se ela fala verdadeiramente quando declara que Deus a chamou para ser Sua mensageira. Contudo, não temos motivos para duvidar porque a Bíblia dá provas importantes sobre a comprovação do dom profético de Ellen G. White. Há quatro provas bíblicas incontestáveis em sua vida e obra que se harmonizam com os testes da Palavra de Deus. (Aprenda as quatro referências e testes.)

a. “A lei ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva”. (Is. 8:20)

            Não há conflito entre as declarações feitas nos Testemunhos para a Igreja e os ensinos da Bíblia. Ellen White eleva e magnífica a Bíblia de modo consistente.

b. “Pelos seus frutos os conhecereis” (Mat. 7:20).

            A Escola Sabatina, a educação cristã, o estilo de vida saudável, a obra de publicações são apenas alguns dos frutos que têm sido produzidos na Igreja como resultado da orientação e conselhos da mensageira do Senhor. Por mais de setenta anos, Ellen White provou ser uma cristã genuína e uma líder sábia e confiável. Ela devotou sua vida a obra de Deus, jamais buscando posição ou riqueza.

c. “Só ao cumprir-se sua palavra será conhecido como profeta de fato enviado do Senhor”. (Jer. 28:9).

            Há muitos profetas na Bíblia e há pessoas que, nas Escrituras, foram chamadas de profetas, mas não fizeram predições. Contudo, se o profeta faz predições, elas precisam se cumprir. Em 1844, Ellen White predisse que uns poucos periódicos em uma sacola cresceriam e seriam divulgados tornando-se como “torrentes de luz a iluminar o mundo”. Hoje, a Igreja Adventista do Sétimo Dia opera cerca de 50 Casas Publicadoras. Há muitas outras predições que confirmam a veracidade de suas palavras tais como o câncer é provocado por um vírus e que o mundo se envolveria em um conflito internacional com a perda de esquadras e navios e milhões de vidas. Tudo isso confirma que suas palavras são verdadeiras.

d. “Todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus”. (I Jo. 4:2)

            Livros como o Desejado de Todas as Nações, O Maior Discurso de Cristo e Parábolas de Jesus são claras testemunhas do fato de que Ellen White confessou que Jesus é Deus.
            Através dos anos, os inimigos criticaram implacavelmente a Sra. White e suas reivindicações de ter recebido revelações divinas. Sua obra tem sido alvo de preconceito, distorções de fatos e pronunciada falsidade. Tais ataques deviam ser esperados. Entretanto mais de 100 livros e milhares de artigos públicos em periódicos ainda dão testemunhos da comissão divina dada a essa notável senhora. A história da Igreja está entrelaçada com a história da direção dada pelo dom de profecia. Onde quer que a Igreja siga os conselhos do Senhor conforme foi prometido, há prosperidade.

Alguns fatos interessantes sobre a vida e obra de Ellen White

a.       Ellen Gould Harmon nasceu em 26 de novembro de 1827, em uma fazenda em Gorham, Maine, cerca de 17 quilômetros a oeste de Portland.Com sua irmã gêmea Elizabete, era a caçula de uma família de 8 irmãos. Era uma criança feliz, normal, de temperamento agradável e um profundo senso da importância da religião, que recebeu de seus devotos pais.
b.      Um dia, quando atravessava o parque a caminho de casa, uma colega de classe atirou uma pedra em seu rosto.Esse acidente provocou uma brusca mudança em sua vida. O nariz foi fraturado e o rosto tornou-se temporariamente desfigurado. Por três semanas permaneceu inconsciente e o choque nervoso tornou-a invalida durante um tempo considerável. Os estudos estavam fora de cogitação e embora tentasse voltar a freqüentar a escola teve que desistir de qualquer plano de receber educação formal devido a sua doença.

c.       Em 1840 e novamente em 1842, Ellen White e sua família ouviram a doutrina do breve retorno de Cristo através do pregador Guilherme Miller. Aceitaram seus ensinos enquanto permaneciam na Igreja Metodista. Entretanto, não foi fácil e durante asse período, Ellen atravessou uma crise espiritual lutando em busca de uma decisão. Na campal, nos últimos meses de 1840, entregou o coração a Jesus e, imediatamente, seu espírito atribulado acalmou-se. Desse tempo em diante, começou um novo relacionamento com o Senhor.

d.      Sua família estava entre os que aceitaram “o clamor da meia-noite” para esquecer e deixar as Igrejas apostatadas. Juntamente com muitos outros experimentaram o grande desapontamento, mas permaneceram firmes na mensagem do Advento.

e.       Sua primeira visão ocorreu pouco depois do grande desapontamento e lhe foi mostrada a caminhada do povo do Advento em direção ao lar celestial. Quando pensou em sua juventude (tinha apenas 17 anos), timidez, saúde precária e provações diante dela, orou sinceramente para que Deus a liberasse da responsabilidade de ser Sua mensageira. Mas o chamado do dever não se alterou e ela expressou sua disposição para ir e fazer o que Deus desejava que fizesse.

f.       Em abril de 1847 ela recebeu uma visão a respeito do sábado. Viu o templo celestial no céu e Jesus levantando a tampa da arca do concerto. Viu então os dez mandamentos e um suave halo de luz em torno do quarto mandamento confirmando sua importância. Foi-lhe mostrado que o sábado deveria sempre ser guardado e se assim fosse não haveria ateus e infiéis e o mundo estaria protegido contra a idolatria. Essa visão trouxe-lhe compreensão a respeito da ligação do sábado e da terceira mensagem angélica. Os crentes que viram a verdadeira importância das doutrinas do Santuário, do sábado e do Segundo Advento foram os precursores da Igreja Adventista do Sétimo Dia. (Leia Life Sketches pp. 95, 96).

g.      Os próximos 70 anos sua obra consistiu em receber conselhos de Deus, e transmiti-los ao Seu povo. Ela falou a muitas congregações, escreveu cerca de 40 volumes em vida e contribuiu com muitos artigos em publicações adventistas do sétimo dia. Talvez sua obra mais conhecida e apreciada seja O Desejado de Todas as Nações. Viajou a muitos lugares, não apenas na América do Norte, mas esteve também na Europa, Austrália e Nova Zelândia onde suas orientações foram utilizadas para o estabelecimento da obra ali. Ela foi uma pessoa-chave para o estabelecimento do Colégio Avondale na Austrália.

h.      As mensagens que Ellen White recebeu de Deus foram dadas geralmente em forma de visão. Durante essas visões era evidente que ela estava sob controle divino. Olhava intensamente para algum ponto distante e toda a respiração cessava; porém suas feições não perdiam a cor natural e a pulsação prosseguia num ritmo normal. Varias testemunhas oculares, inclusive doutores atestaram que se tratava de um fenômeno sobrenatural. F. C. Candle que testemunhou um exame médico declarou: “Uma lamparina acesa foi colocada perto de seus olhos bem abertos e nem um músculo do olho moveu-se. Seu pulso foi então examinado e também seu fôlego e não havia respiração. O resultado e que todos se convenceram de que não havia razões cientificas para explicar o que claramente era de origem sobrenatural”. Essa frágil mulher deu evidencias de possuir uma grande força quando em visão. Em certa ocasião ergueu uma pesada Bíblia de oito quilos durante cerca de meia hora.

i.        Sete anos após ter recebido a primeira visão, ela publicou seu primeiro livro, um panfleto de 64 paginas, atualmente a primeira seção do livro Primeiros Escritos. Os livros de Ellen White são chamados de escritos do Espírito de Profecia “Algumas de suas obras mais preeminentes que vocês deveriam conhecer são:

      1855-1909     Testimomes for the Church (9 volumes)
1882               Primeiros Escritos
1888               O Grande Conflito
1890               Patriarcas e Profetas
1892                      Obreiros Evangélicos
1892                      Caminho a Cristo
1896               O Maior Discurso de Cristo
1898               O Desejado de Todas as Nações
1900                       Parábolas de Jesus
1903                      Educação
1905               A Ciência do Bom Viver
1911               Atos dos Apóstolos
1913               Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes
1916               Profetas e Reis

j.     Ellen White “dormiu em Jesus tão calma e pacificamente como uma criança cansada adormece” em seu lar em Elmshaven em 16 de julho de 1915.  Foi sepultada ao lado de seu marido e filhos em Battle Creek, Michigan.

Outros Pioneiros (VIII)

Tiago White (1821-1881) foi um ministro pioneiro do movimento Adventista. Apesar de seus defeitos físicos, sentia que Deus queria usa-lo para advertir o mundo da proximidade do fim. Por isso saiu a pregar em vários lugares levando a primeira mensagem angélica a muitas cidades. Era um orador persuasivo e ótimo cantor, mas acima de tudo era um líder em potencial. “Tiago White, intrépido, hábil, com visão do futuro, laborioso líder da Igreja Adventista nascente que desempenhou importante papel nas primeiras décadas: primeiro, esclarecendo e emoldurando as doutrinas, levando as pessoas a aceita-las e observa-las; segundo, promovendo e organizando o governo eclesiástico e terceiro, fundando e administrando instituições – a Igreja como um corpo, a obra de publicações, educacional e de saúde que formaram os pilares dessa causa... Ele nasceu líder... Todos os seus coobreiros sentiam o poder dinâmico de seu espírito...” (Spalding). Por vários anos sofreu devido a problemas de saúde: parte devido ao excesso de trabalho e morreu com apenas 60 anos, mas, naqueles dias foi usado por Deus para estabelecer a Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Tiago White serviu como presidente da Associação Geral por três mandatos, totalizando dez anos como pastor geral. 

LIVRO NOSSA HERANÇA - CAPITULO 3 - O NASCIMENTO DA IGREJA RENAMESCENTE (V / VI Partes)


 

A Mensagem do Terceiro Anjo Começa (V)

            
O estudo do Santuário foi a chave que desvendou o mistério do desapontamento. Foi também a chave da doutrina central da terceira mensagem angélica que aponta especialmente para a lei de Deus e particularmente para as conseqüências da transgressão. Há um elo definitivo entre esta e a mensagem do Sábado, que é o centro da Lei. Foi na luz dada aos crentes pioneiros sobre a verdade do Sábado que Deus estava preparando a mensagem final.
            “Durante o tempo do Clamor da Meia-Noite em 1844 que a senhora Raquel Oakes, (mais tarde Preston), uma Batista do 7º Dia, veio a Washington, New Hampshire, para visitar sua filha, que era uma das crentes Adventistas naquele lugar. A senhora Oakes era uma devota fervorosa do Sábado bíblico e havia trazido com ela um suprimento de folhetos. Logo ela aceitou as doutrinas Adventistas e continuou também a guardar o sábado. Os folhetos que distribuiu silenciosamente também deram frutos. Em um culto de domingo pela manhã, um dos crentes Adventistas (William Farnsworth) levantou-se e disse que estava convencido de que o sétimo dia era o verdadeiro sábado bíblico e que ele, de sua parte, estava disposto a guarda-lo. Vários outros expressaram que eram da mesma opinião e dentro de poucos dias, praticamente todo o grupo de 40 membros tornou-se guardador do sábado”.
            Nesse sentido, a Igreja de Washington, New Hampshire, foi a primeira Igreja Adventista do sétimo dia ainda que a organização oficial da Igreja Adventista estivesse a alguns anos de distância.

            O primeiro ministro a aceitar o sábado foi Frederick Wheeler, da congregação de Washington. Ele havia sido, no passado, um pastor metodista e associado de Guilherme Miller.
            Nem todos os Adventistas em 1844 guardavam o sábado. A atenção dos Adventistas como grupo em relação ao sábado foi chamada mediante um artigo sobre o assunto da autoria de Thomas M. Preble, publicado em um pequeno jornal em Portland Maine no começo de 1845, J. B. Cook também escreveu um artigo que também apareceu publicado após o de Preble, no qual ele mostrava conclusivamente que não há evidência escrituristica para se guardar o domingo como o sábado do sétimo dia. Desse modo, um movimento em favor do sábado havia começado e não podia ser facilmente detido.
            Ouvindo que o grupo de Washington, New Hampshire, estava guardando o sábado, Joseph Bates decidiu visitá-lo para saber qual o significado daquilo. Ele foi a New Hampshire estudou o assunto, viu que o ponto de vista deles estava correto e aceitou a luz. Voltando para casa, encontrou-se com o Sr. Hall que o cumprimentou, na ponte que ligava New Bedford a Fairhaven:
            -“Quais são as novas, Capitão Bates?”
- “As novas é que o sétimo dia é o sábado do Senhor Nosso Deus”.
- “Bem” – disse o Sr. Hall – “Vou para casa e lerei a Bíblia para ver o que descubro sobre isso”.
            Assim ele fez e da próxima vez que se encontraram, o Sr. Hall aceitou a verdade do sábado e passou a guardar o sétimo dia”. (The Great Advent Movement, pp. 39, 40)
            Embora a verdade do sábado do sétimo dia tinha sido realçada outra vez em 1844, sempre houve guardadores do sábado ao longo de todas as épocas. Mesmo durante a Idade Média, grupos observavam o sábado do sétimo dia. Os batistas do sétimo dia preservaram fielmente a verdade do quarto mandamento por séculos, como vimos. Foi deles que os Adventistas do Sétimo Dia aprenderam a verdade do sábado.

 Os Congressos Sabáticos (VI)

            A doutrina do sábado do sétimo dia logo tornou-se um teste para aqueles que desejavam unir-se aos Adventistas guardadores do sábado. A leitura de um único artigo foi suficiente para convencer José Bates. Hiram Edson também aceitou prontamente a verdade do sábado. Frederick Wheeler e William Farnsworth precisaram apenas de uma introdução ao assunto e pouco tempo para o estudo; logo, tornaram-se guardadores do sábado. Tiago e Ellen não se impressionaram com a importância da doutrina do sábado a principio. Após seu casamento, os Whites estudaram um panfleto que Bates havia publicado e logo aceitaram o sábado.

            Entretanto, aqueles foram dias difíceis para esses lideres, pois não havia unidade doutrinaria. Pela providência divina, vários congressos foram realizados por esse tempo. Os crentes estudavam profundamente as Escrituras e comparavam texto com texto até se certificarem das doutrinas da Bíblia. Ao todo, foram seis congressos bíblicos em 1848. Ellen White desempenhou um importante papel nessas reuniões. 

LIVRO NOSSA HERANÇA - CAPITULO 3 - O NASCIMENTO DA IGREJA RENAMESCENTE (IV Parte)

O Grande Desapontamento


       À medida que o dia 22 de outubro se aproximava, crescia a tensão entre os Adventistas. Milhares de pessoas estavam totalmente despreocupadas ou apenas observavam o movimento como espectadores. Os jornais haviam publicado historias sensacionalistas sobre os Milentas: porém os repórteres mais sérios os descreviam como gente sincera, devota, calma e consagrada.
            Havia varias classes de pessoas entre os crentes Adventistas. Alguns uniram-se ao grupo por medo, outros rejeitaram a data exata, como o próprio Guilherme Miller até a poucas semanas de 22 de outubro. E havia os crentes honestos, a maioria dos quais aceitou o dia. Eles fizeram uma preparação adequada para encontrar a Jesus.
            O dia chegou. Os Adventistas estavam nas casas de culto ou em seus lares. Os crentes cantavam hinos e revisavam as evidências de que o Senhor viria. O dia passou e o sol se pôs. Mas ainda havia esperança: “Porque não sabeis o que hora virá o Senhor da casa; se ao anoitecer, ou à meia-noite, ou ao canto do galo, ou pela manhã” (Marc. 13:35). Finalmente, a meia-noite passou. Lágrimas caiam dos olhos dos crentes à medida que ofereciam orações. Estavam desconsolados e perguntavam-se uns aos outros: “Falharam as Escrituras?” Um estudo diligente da Bíblia, feito posteriormente, revelaria que o tempo da profecia estava correto, mas o evento que teria lugar havia sido interpretado incorretamente.
            Hiram Edson disse, “Há um Deus no céu. Ele tem se revelado a nós em benção, em perdão, em redenção e Ele não falhará agora. Breve em algum momento, esse mistério será revelado”.
            Muitos Mileritas se separaram logo após o desapontamento, embora um grande grupo ainda se mantivesse unido por vários anos. Tornaram-se os Adventistas Evangélicos, crendo na doutrina do estado consciente dos mortos e no inferno de fogo eterno. Gradualmente esmoreceram até à extinção. Outro grupo que cria no estado inconsciente dos mortos, mas continuou a observar o domingo, tomou o nome de Cristãos Adventistas. Esta Igreja ainda existe. Formaram-se ainda outros grupos com idéias diferentes e alguns caíram no fanatismo. Interessamo-nos principalmente pelo grupo que inclui Hiram Edson, José Bates, James White e Ellen Harmon. Eles formaram o núcleo da Igreja Remanescente. (James e Ellen casaram-se em 30 de agosto de 1846.)
            Os que formaram esse núcleo dividiram a amargura e o sofrimento do desapontamento com outros crentes. A maioria dos que se uniram na casa da fazenda de Edson voltaram tristes para seus lares na manhã de 23 de outubro. Edson e alguns amigos foram ao celeiro a ali se reuniram em oração. Isso lhes deu segurança de que o Senhor lhes mostraria a direção.
            Após o desjejum, Edson disse a um dos crentes (O. R. L. Crosier) que havia ficado: “Vamos confortar os irmãos com essa certeza”. Os dois homens caminharam pelo campo, onde o milho de Edson havia permanecido sem ser colhido. Seguiam meditando, pensando no desapontamento. Mais ou menos na metade do campo, Edson parou. Parecia ver o Santuário no Céu e Cristo o Sumo-Sacerdote indo do lugar Santo para o Santíssimo. “Vi clara e instintamente”, escreveu Edson mais tarde, “que ao invés de nosso Sumo-Sacerdote sair do Santíssimo do Santuário celestial para vir à Terra, no décimo dia do sétimo mês. Ele, pela primeira vez entraria, naquele dia, no segundo compartimento do Santuário; ali, Ele teria uma obra a fazer antes de voltar à terra”. A purificação do Santuário marcava o inicio do juízo investigativo.
            Seu companheiro havia atravessado o campo; mas na cerca ele olhou para trás. Vendo Edson muito longe, chamou: “Irmão Edson, por que você parou?”
            Edson disse: “O Senhor respondeu nossa oração matinal”. Alcançando seu amigo, ele lhe contou a respeito da nova luz que tivera.
            A experiência no campo de milho levou esses homens e outros a estudarem intensivamente o serviço do Santuário dado a Israel e o significado da doutrina dos 2.300 dias. Eles publicaram suas descobertas em periódicos Adventistas e Hiram Edson convocou uma conferencia no fim de 1845.
            Agora o mistério estava resolvido e as datas confirmadas. A mensagem do terceiro anjo continuou como a verdade presente. Foi e continua sendo uma poderosa doutrina para fazer pecadores se achegarem a Cristo neste tempo de julgamento. A mensagem do segundo anjo teve significado para o período que precedeu o desapontamento e mantém ainda significado adicional para o futuro.


LIVRO NOSSA HERANÇA - CAPITULO 3 - O NASCIMENTO DA IGREJA RENAMESCENTE (III Parte)

O Clamor da Meia-Noite

            
Guilherme Miller e outros tentaram encontrar um tempo definido para o fim da profecia dos 2.300 dias. À principio, declararam que seria “em torno de 1843”. Mais tarde, o limite do tempo foi marcado para 21 de março e então 18 de abril de 1844, fim do ano judaico de 1843. O tempo passou sem que nada de especial acontecesse. O primeiro desapontamento foi um golpe para os crentes, seguido por um período de silêncio, o “tempo de tardança” da parábola das dez virgens, como a experiência foi mais tarde interpretada.
            Após o desapontamento, estudiosos voltaram aos livros e descobriram o erro – os 2.300 anos deveriam incluir os anos completos de 457 a.C. e 1843 a.d. De modo que um acontecimento dentro do ano de 457 corresponderia à profecia na  mesma data de 1844. Isto havia sido mencionado um ano antes, mas ninguém prestou maior atenção ao fato. No verão de 1844, uma nova explosão de luz apareceu e iluminou o movimento do Advento levando-o ao seu dramático clímax no mês de outubro.
            Na reunião campal em New Hampshire, em Agosto, José Bates sentiu que receberia nova luz. Ele convidou Samuel S. Snow para dar um estudo.
*
            b. José Bates (1792-1872), que fez carreira de camaroteiro de bordo a capitão de navio e se aposentou do mar antes que a primeira mensagem angélica o alcançasse. Deus havia estado a dirigir sua vida, pois sempre fora um homem de princípios corretos e amante do direito e da verdade. Ele havia deixado de usar álcool e fumo enquanto navegava pelos mares. Era membro da Igreja Cristã e com cerca de 50 anos havia sido chamado para pregar. Foi o organizador das primeiras sociedades de temperança da América. Dedicou todos os seus recursos na obra, até que, por ocasião do grande desapontamento, pouco dinheiro lhe restava. Depois disso, viveu principalmente pela fé.
            Foi o primeiro dos lideres que mais tarde tornaram-se ministros Adventistas do sétimo dia a aceitar a verdade do Sábado e a apresenta-lo a outros obreiros e fiéis. Escreveu também o primeiro tratado abrangente sobre o sábado que foi publicado. Dedicou a maior parte de seu tempo viajando “ao Oeste que ainda não havia sido trabalhado”, mesmo durante a neve do inverno do Canadá e em todas as partes do Leste americano. “Jamais recusou um trabalho árduo em sua disposição incansável. Era mais velho em idade do que seus associados mais jovens, os White porém se curvavam ante seus experientes e paternais conselhos nos primeiros dias do movimento. O Capitão Bates trabalhou ativamente até o fim de seus dias. Faleceu em 1872 e foi sepultado em seu lar no Estado de Michigan.

            c. John Nevins Andrews (1829-1883), tinha apenas 15 anos de idade quando passou pelo grande desapontamento. Começou a pregar aos 21. Esteve entre os primeiros lideres a aceitar a verdade do sábado. Era um estudante diligente e um hábil escritor (seu livro mais conhecido é A História do Sábado). Destacou-se também por ser um bom organizador. Foi ele que começou a estudar e investigar qual o plano de Deus para financiar a pregação do evangelho. A partir de sua pesquisa, desenvolveu-se o plano do sistema de dizimo que hoje conhecemos. Em agosto de 1860 ele sugeriu publicamente que os irmãos deveriam encontrar-se para discutir a organização da Igreja. Como resultado formou-se a Associação de Publicações Adventist Review e o nome Adventista do Sétimo Dia foi escolhido pela Igreja.
            Andrews foi enviado a Europa como o primeiro missionário além-mar oficial da Igreja Adventista em 1874 parcialmente devido ao fato de ser um bom lingüista. Ali ele lançou os fundamentos da obra Adventista.
            J.N. Andrews foi o terceiro presidente da Associação Geral.

            d. John Norton Loughborough (1832-1924), pregou para os Adventistas desde a idade de 16 anos, embora não tenha ouvido a mensagem do sábado até 1852, quando J. N. Andrews explicou-a tão claramente que imediatamente a aceitou. Trabalhou com M. E. Cornell na década de 1850 antes que os ministros recebessem salários, servindo em qualquer tarefa que pudesse encontrar por quatro ou cinco dias por semana e pregando o resto do tempo.

            e. John Byington (1798-887), é mais lembrado como o primeiro presidente da Associação Geral. Ele tinha sido ministro Metodista antes que conhecesse as três mensagens angélicas. Uma das primeiras Escolas Sabatinas e a primeira Escola Adventista (iniciadas em 1853) foram realizadas na casa de Byington em Buck’s Bridge, Nova Iorque. A professora era sua filha Martha. Os primeiros guardadores do sábado reuniram-se em sua propriedade, na qual ele construiu uma Igreja Adventista.

            f. J. H. Waggoner (1820-1889), aceitou a mensagem do Advento em 1852, e está entre os que pediram por uma organização da Igreja em 1860; ele era um dos lideres entre os Adventistas Guardadores do Sábado. Trabalhou no Oeste, principalmente como editor de “Signs of the Times”. Mais tarde serviu na Europa, e morreu na Suíça.

            g. Urias (1832-1903) e Annie (1828-1855) Smith foram dois promissores jovens – irmão e irmã – que lecionavam quando o Senhor os chamou para trabalhar para Ele Anne Smith respondeu como resultado de um sonho sobre o irmão José Bates, a quem ela ouviu falar logo após. Era uma obreira ardente, mais lembrada por seus poemas, muitos dos quais usados como hinos. Sua vida findou prematuramente, em 1855, como resultado de tuberculose. Urias Smith aceitou a mensagem aproximadamente no fim de 1852, mais de dez anos depois de sua irmã, e entrou para a obra de publicações. Foi ordenado ministro do evangelho e passou a maior parte de sua vida como editor da Review and Herald e escritor “Thought on Daniel and the Revelation (Pensamentos sobre Daniel e Apocalipse) é a obra pela qual ele é mais lembrado. Em 1888 foi um dos lideres na discussão sobre a justificação pela fé e um dos proeminentes eruditos da Bíblia”.

            h. Frederick Wheeler (1811-1910), era um pregador Metodista-Adventista que morava em New Hampshire e pastoreava a Igreja de Washington. Ele foi essencialmente o primeiro ministro Adventista do Sétimo Dia, pois aceitou a verdade do sábado através da Sra. Rachel Oakes (mais arde Preston) em 1844. Entre os que estavam em sua congregação e que aceitaram a terceira mensagem estavam os irmãos Farnsworth, William Cyrus.


Para estudos posteriores sobre os pioneiros, LEIA:

            Fundadores da Mensagem, de Everett Dick – Casa Publicadora Brasileira, sobre “O Clamor da Meia-Noite”. O homem não apenas falou aquele dia, mas todos os dias até que as reuniões se encerraram. As pessoas sentiam-se eletrizadas, pois a parábola das dez virgens parecia aplicar-se a eles. O irmão Snow explicou que o povo do Advento havia esperado o Senhor na primavera daquele ano, mas foram forçados a esperar mais, assim como na parábola. A profecia dos 2.300 dias deveria terminar na primavera de 1844 (no fim do ano judaico de 1843) se o decreto de Artaxerxes houvesse sido promulgado no primeiro dia do ano judaico de 457 a.C. Mas uma vez que o decreto não havia sido promulgado até o outono daquele ano, a profecia dos 2.300 dias não terminaria até o outono de 1844. Um estudo mais profundo do Santuário e de seus serviços revelou que a purificação do Santuário ocorreria no décimo dia do sétimo mês. Isso coincidiu com a idéia de que os 2.300 anos terminariam no outono, no décimo dia dos sétimo mês (no calendário judaico), data que corresponderia a 22 de outubro de 1844.
            Na parábola das dez virgens o clamor foi dado à meia-noite. A mensagem de Samuel Snow, no meio do verão, parecia corresponder ao “clamor da meia-noite”. A realidade dessas verdades prendeu o coração das pessoas e elas saíram da campal para anunciar as boas novas a todos os recantos: “Eis o noivo, sai-lhe ao encontro”. “O clamor da meia-noite” foi dado durante o tampo de tardança”.

            Os 50.000 crentes Adventistas impressionaram-se tanto com a certeza de que o Senhor viria que muitos não cultivaram seus campos porque pensavam que Ele viria antes da próxima colheita. Passaram o tempo proclamando a mensagem da Vinda de Jesus.