A luta entre os propósitos de Deus e a rebelião individual avançou um pouco mais na história
de Jacó e Esaú. Era costume, na Antiguidade, que o filho primogênito recebesse a bênção do pai (o direito de primogenitura) antes da morte do pai.
Isso incluía mais do que as posses familiares; assim, o filho mais velho se tornava o responsável pelo bem-estar da família.
Esaú odiou seu irmão
Jacó após ser enganado
e perder essa grande honra,
e planejou matá-lo depois que o pai
morresse (Gn 27:41). Rebeca enviou
Jacó para longe por medida de
segurança, pensando que tudo
ficaria bem novamente após alguns dias (Gn 27:43, 44). Esses dias se transformaram em 20 anos, e
Rebeca nunca mais viu Jacó.
1.
Leia Gênesis 28:12-15. Que grande esperança foi encontrada nesse sonho?
Ao repetir as promessas feitas a Abraão, Deus assegurou a Jacó que os planos
continuavam em andamento.
Embora os atos de Jacó parecessem
ignorar o plano de Deus, o Senhor ainda Se importava com ele.
Contudo, Jacó teve que suportar 20 anos sendo enganado
por seu sogro, primeiro em relação ao seu casamento, depois a respeito de seu salário (Gn 29:20, 23, 25, 27; 31:7). Contudo, numa estranha reversão, todos aqueles anos trabalhando em troca
da esposa pareceram apenas poucos dias, o tempo que Rebeca achava que Jacó ficaria longe dela (Gn 29:20).
Quando Jacó decidiu voltar para casa, primeiramente Labão o perseguiu (Gn 31:25, 26), depois Esaú partiu
ao seu encontro
com 400 homens. Ambas as situações representavam uma ameaça à sua vida, e Deus teve que intervir
duas vezes para livrá-lo: primeiramente,
num sonho dado a Labão, para dizer a ele
que não fizesse mal a Jacó (Gn 31:24); depois, em pessoa, para lutar com Jacó, deixando-o aleijado (Gn 32:24-30).
O fato de ver Jacó mancando
com uma bengala pode ter dado
a Esaú a impressão de que Jacó não representava ameaça para ele. Os presentes
foram enviados de antemão e, juntamente
com a maneira cuidadosa pela qual Jacó falou, tudo pareceu suficiente para
curar o rompimento entre os dois irmãos. A última vez em que os vemos juntos
é no sepultamento do pai (Gn 35:29). Assim,
Esaú havia se esquecido do plano anterior que tinha feito de matar
Jacó após o funeral de seu pai.
Considere
toda a dor e sofrimento que essas escolhas tolas trouxeram às pessoas, tanto as inocentes
quanto as culpadas. Como podemos aprender a pensar muito antes de agir?
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